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Certificado covid ganha estilo e pressiona não vacinados

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Direitos de autor euronews
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De  Francisco Marques
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Governo helénico impôs novas restrições no último sábado, apenas permitindo lojas e restaurantes a quem tenha no mínimo um teste negativo. A procura de vacinas aumentou

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A Grécia entrou, no sábado, numa nova fase de contenção da Covid-19, reforçou a importância do Certificado Covid, que até já se tornou num acessório de estilo na forma de um porta chaves. Os não vacinados estão sob pressão.

Entrar em bancos, lojas, cabeleireiros ou restaurantes passou a ser apenas possível com um certificado Covid, que comprove a vacinação, a recuperação da doença ou integre um teste anticovid válido, o que obriga agora os não vacinados a terem de pagar a realização regular de testes para manterem acesso à maioria dos espaços comerciais gregos.

Comerciantes também atingidos

As novas medidas também vieram complicar os procedimentos dos lojistas e dos gerentes de restaurantes, que têm de se assegurar que os clientes respeitam as regras em vigor.

O gerente de um café em Atenas entrevistado pela Euronews diz que que "basicamente" se tornou "um polícia a controlar documentação".

"Esta não é a nossa função. Tenho alguns clientes não vacinados. Vieram tomar café no sábado e eu pedi-lhes um teste rápido. Alguns responderam ‘não temos, obrigado’, levantaram-se e foram-se embora. Isto afeta os meus rendimentos e tem impacto no meu negócio porque se o cliente se sente ofendido pode não voltar", lamenta o comerciante.

Num salão de cabeleireiro, uma funcionário questionou as novas exigências e o que se seguirá. "Estarão as pessoas dispostas a fazer testes rápidos? Pode ser complicado para alguns ter este gasto extra [com os testes] para virem ao salão", considerou.

Vacinação em alta

As marcações para a toma de primeiras doses de vacina anticovid têm vindo, entretanto, a aumentar na Grécia, mas não se sabe se por causa das medidas, se pelo medo da infeção, que esta segunda-feira bateu um novo recorde diário, com o anuncio do diagnóstico de 7.335 novos casos em 24 horas e ainda mais 65 mortes.

A ministra adjunta da Saúde da Grécia considera que "as duas situações ajudaram", as medidas e o agravamento de infeções, sublinhando o crescimento da taxa de vacinação como "muito positivo".

"Precisamos de nos focar em dois grupos e convence-los a vacinarem-se. Por um lado, os idosos e quem tem problemas de saúde. Por outro, as grávidas. É devastador perder jovens mulheres grávidas", lamentou Mina Gaga, uma pneumologista de méritos reconhecidos na União Europeia.

No espaço de uma semana, sugerem os dados conhecidos, o início do processo de vacinação aumentou 185%, noticiou o jornal "Kathimerini", e os responsáveis estão convencidos que, com as novas medidas agora em aplicação, os números continuem a melhorar e permitam aliviar a pressão sobre os hospitais além de já terem evitado, estimam, 8.500 mortes com Covid-19.

Ocupação dos cuidados intensivos

Os dados desta segunda-feira mostravam haver 477 "doentes covid" nos cuidados intensivos, dos quais 84,28% (402) eram pessoas não vacinadas ou parcialmente vacinadas. A média de internamentos diários num período de sete dias era de 360 doentes.

Muitos especialistas defendem que a pressão sobre os serviço de saúde apenas vai parar quando os idosos estiverem vacinados.

De acordo com o Centro Europeu de Controlo e Prevenção de Doenças, penas 75% dos idosos na Grécia estão vacinados numa altura em que em diversos outros países europeus já há 100% de vacinados com mais de 80 anos.

As novas restrições para "não vacinados" na Grécia estão em vigor, mas com exceção para os locais de culto, supermercados e farmácias, onde só o uso de máscaras é obrigatório.

O governo já fez saber, no entanto, ter já em cima da mesa um "plano B", com mais medidas, caso a epidemia continue a agravar-se nos próximos dias ou semanas, incluindo por exemplo um reforço do serviço de saúde grego e mais restrições para o entretenimento.

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