Guterres apela à "solidariedade" para com o Líbano

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De  Teresa Bizarro  com AFP, AP
A imagem traduz o que diplomacia pretende concretizar: Guterres estende a mão a Aoun
A imagem traduz o que diplomacia pretende concretizar: Guterres estende a mão a Aoun   -  Direitos de autor  Hassan Ammar/AP

Visto de longe, o movimento nas ruas de Beirute só ilude o olhar desatento. Entre os sinais da quadra e as marcas da insegurança e da carência, o Líbano procura um caminho de saída do colapso económico que tem sido descrito como pior do mundo nos últimos 150 anos.

É com este quadro que arranca a visita do secretário-geral da ONU. António Guterres lembra o papel dos libaneses no apoio aos refugiados e diz que é tempo do mundo saldar a dívida com o país.

"Pude ver a solidariedade do povo do Líbano para com tantos refugiados e creio que este é o momento para todos nós no mundo expressarmos a mesma solidariedade com o povo do Líbano," declarou à chegada a Beirute.

Espera-se que Guterres ajude a desbloquear as divisões internas que têm travado as reformas necessárias ao apoio internacional. 

A situação económica do Líbano foi agravada pela explosão no porto de Beirute em 2020. O país importa mais de 80 por cento dos bens essenciais. A inflação disparou e há falta de combustíveis e medicamentos. As restrições ao levantamento de dinheiro e transferências bancárias paralisou boa parte da economia.