Devido a receios de contaminação, as exportações de alimentos sofreram um colapso, mas 11 anos mais tarde recuperaram, graças às rigorosas medidas de segurança do país.
O setor agrícola foi um dos mais fortemente atingidos pelo desastre de Fukushima. Devido a receios de contaminação, as exportações de alimentos sofreram um colapso. Mas 11 anos mais tarde recuperaram, graças às rigorosas medidas de segurança do país. E esta é uma excelente notícia para os produtores locais e para os consumidores de todo o mundo. Está coberta de neve, mas a zona de Isazawa, em Fukushima, também se transforma num deslumbrante tom laranja. Grande parte das terras são dedicadas ao cultivo do dióspiro, um fruto colhido nos últimos meses. Junya Sato gere um negócio familiar, secando-os, para fazer Anpogaki. É um doce que nasceu nesta região e que agora é apreciado em todo o mundo.
Junya costumava vender três toneladas de Anpogaki por ano. Mas, após o desastre de Fukushima, a produção parou durante dois anos.
As exportações globais de alimentos são uma parte importante da economia de Fukushima. Os produtos daqui e das zonas vizinhas sofreram restrições da parte de 55 países e regiões, devido a receios de contaminação. Mas agora, graças a medidas de segurança rigorosas, 41 países levantaram completamente as restrições. Nestas instalações de testes verificam-se até cinco mil caixas de Anpogaki por dia. Nenhuma delas pode exceder 50 Becquerels, a unidade utilizada para medir a radioatividade.
Mas os testes de segurança vão ainda mais longe: até às raízes. As árvores que dão os frutos, também são verificadas cuidadosamente.
O Anpogaki é apenas um dos muitos produtos que podem ser novamente apreciados em todo o mundo. Neste centro de inspeção regional, examinam tudo, desde carne de vaca até cogumelos. Exigindo que todos os produtos cumpram níveis de segurança 10 vezes mais rigorosos do que as normas globais.
Os inspetores de segurança dizem que é extremamente raro um produto não passar as normas rigorosas. Para os Estados Unidos "as robustas medidas de controlo do Japão" foram a razão pela qual foram eliminadas todas as restrições à importação. Após "10 anos de amostras", acreditam que o risco para os consumidores norte-americanos é "muito baixo". Com os resultados das amostras de alimentos "muito abaixo das diretrizes", a Austrália também levantou as medidas. E o Canadá diz que não estão planeados "nenhuns testes adicionais" após o fim das restrições. Junya Sato espera que as restantes restrições à exportação terminem em breve. Para o ajudar a impulsionar ainda mais o seu negócio.