Crise humanitária e devastação longe do fim na Turquia e Síria

Ajiuda humanitária
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Há três meses, Turquia e Síria eram devastadas por sismos que fizeram milhares de mortos, estes países estão longe de ultrapassar este grande desafio.

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A Turquia e Síria ainda recuperam dos terramotos que devastaram os dois países há três meses. A fúria da natureza provocou mais de cinquenta mil mortes na Turquia, na vizinha Síria é mais difícil obter números fidedignos devido à guerra civil em curso. Ainda assim, estima-se que tenham perdido a vida mais de sete mil pessoas.

Jennifer Higgins, coordenadora de comunicação do Comité Internacional de Resgate para a Síria, referia que antes do terramoto "pelo menos 4,1 milhões de pessoas, no noroeste da Síria", o que representa "cerca de 90% da população", dependiam de ajuda humanitária para satisfazer as necessidades básicas.

Para esta especialista é "quase impossível" separar as necessidades que existiam, no noroeste da Síria, antes e depois do terramoto. 

Esta é uma área em conflito há mais de uma década. (...) Também é uma zona com uma enorme população de pessoas deslocadas internamente, muitas com cicatrizes físicas e mentais após mais de uma década de conflito e que já foram deslocadas várias vezes, mesmo antes deste terramoto.
Jennifer Higgins
Coordenadora de comunicação do Comité Internacional de Resgate para a Síria

Mais de 100 mil os edifícios ruíram na Turquia e muitos apontam o dedo ao governo pelas facilidades concedidas na atribuição de licenças de construção, e que permitiam aos empreiteiros contornar as leis de segurança

De acordo com um relatório das Nações Unidas três milhões de turcos foram deslocados mas cerca de um quinto está agora a regressar a casa.

A reconstrução, estimada em 90 mil milhões de euros, tem sido condicionada pelas eleições presidenciais de 14 de maio, onde Recep Tayip Erdogan enfrenta Kemal Kılıçdaroğlu. 

O atual chefe de Estado chegou ao poder há vinte anos, aproveitando a insatisfação gerada pela resposta das autoridades a outro terramoto que matou mais de 600 pessoas.

Quem for eleito terá desafios humanitários para resolver, urgentemente, mas o apoio psicológico e social às vítimas, nos próximos anos, pode revelar-se, igualmente, importante.

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