Chefe da diplomacia da UE criticado por dizer que mulheres "estão a aprender a jogar futebol tão bem como os homens"

O chefe da política externa da União Europeia, Josep Borrell
O chefe da política externa da União Europeia, Josep Borrell Direitos de autor Francois Walschaerts/Copyright 2023 The AP. All rights reserved.
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Artigo publicado originalmente em inglês

Josep Borrell lança mais achas para a fogueira do machismo, depois da polémica gerada pelo beijo "inaceitável" do presidente da Federação Espanhola de Futebol à estrela do Campeonato do Mundo Jenni Hermoso.

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Josep Borrell, o chefe da diplomacia da União Europeia (UE), está no centro da mais recente controvérsia sobre o Campeonato do Mundo de Futebol Feminino, na sequência de comentários que fez à televisão pública espanhola na quarta-feira.

Ao celebrar a vitória da Espanha, o Alto Representante para a Política Estena da UE afirmou estar satisfeito por ver que "as nossas mulheres estão a aprender a jogar futebol tão bem como os homens".

Estas palavras inflamaram os espanhóis, numa altura em que o "machismo" do futebol está no centro do debate público.

Borrell lembrou ainda que o golo na final do Campeonato do Mundo de 2010, na África do Sul, "também fez de nós campeões espanhóis", comparando-o com o golo da vitória de Olga Carmona no domingo.

A vitória das mulheres foi marcada por uma polémica depois de o presidente da Federação Espanhola de Futebol, Luis Rubiales, ter beijado de forma "inaceitável" a estrela do Campeonato do Mundo Jenni Hermoso.

No final desta semana, a Federação Espanhola de Futebol emitiu um comunicado que parece citar Hermoso, o que, segundo o meio de comunicação desportivo Relevo.com, pode ser falso.

A publicação diz que Hermoso não concordou com a redação da declaração.

Os comentários de Borrell vieram alimentar a polémica, com as pessoas a perguntarem-se porque é que as campeãs não podem celebrar a sua vitória histórica em paz.

No entanto, esta não é a primeira vez que o Alto Representante da UE mete os pés pelas mãos.

Uma das mais célebres foi quando, enquanto Ministro dos Negócios Estrangeiros de Espanha, resumiu a história dos Estados Unidos afirmando que se tratava de "matar quatro índios".

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