O forte sismo e as réplicas, nos arredores de Herat, no Afeganistão, fizeram mais de uma centena de mortos e centenas de feridos.
Novo balanço de vítimas dos sismos no Afeganistão dá conta de mais de uma centena de mortes e o número de feridos pode chegar ao milhar. Dados das autoridades regionais citadas pela Agência France Press (AFP). Ainda que, tudo seja provisório.
Ao início da tarde a AFP, citando Mohammad Taleb Shahid, Diretor da Saúde Pública da província de Herat, referia que ainda não havia um "balanço final", acrecentando que "nas zonas rurais e montanhosas, registaram-se deslizamentos de terras".
Um forte terramoto, seguido de várias réplicas, foi registado no sábado na província de Herat, no oeste do Afeganistão, por volta das 11 horas, hora local.
As ligações telefónicas foram interrompidas, dificultando a obtenção de informações sobre as zonas afetadas. Vídeos publicados nas redes sociais mostraram centenas de pessoas nas ruas, à porta das suas casas e escritórios, na cidade de Herat. Temiam-se novos tremores de terra.
O Serviço Geológico dos EUA (USGS) dava conta da ocorrência de um primeiro sismo de magnitude 6,3 na escala de Richter, com epicentro a 40 quilómetros da referida cidade.
No total, e de acordo com a mesma fonte citada pela AP, terão ocorrido sete abalos, seis deles réplicas, com magnitudes entre 5,5 e 6,3, nas proximidades de Herat e Zindah Jan.
O terramoto também foi sentido nas províncias vizinhas de Farah e Badghis, de acordo com os meios de comunicação social locais.
O Afeganistão é, frequentemente, atingido por sismos, sobretudo na cordilheira de Hindu Kush, perto do ponto onde se encontram as placas tectónicas euro-asiática e indiana.
Em junho de 2022, um terramoto de magnitude 5,9, o mais mortífero no país em quase 25 anos, matou mais de mil pessoas e deixou dezenas de milhares de desalojados na província de Paktika.
Em março último, um abalo de magnitude 6,5 matou 13 pessoas, entre o Afeganistão e o Paquistão, perto da cidade de Jurm.