Israel autoriza entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza

Benjamin Netanyahu abraça Joe Biden na chegada do presidente dos EUA a Telavive, Israel
Benjamin Netanyahu abraça Joe Biden na chegada do presidente dos EUA a Telavive, Israel Direitos de autor Evan Vucci/Copyright 2023 The AP. All rights reserved
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De  Euronews com AP
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Decisão foi tomada na sequência de um pedido do presidente dos EUA, Joe Biden, em visita ao país.

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O governo israelita anunciou ter autorizado a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza a partir do Egito.

O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que a decisão foi aprovada à luz de um pedido do presidente dos EUA, Joe Biden, em visita ao país.

Num comunicado, afirmou que "não irá impedir" as entregas de alimentos, água e medicamentos, desde que os fornecimentos não cheguem ao Hamas. A declaração não menciona se a medida abrange o combustível, essencial para o funcionamento de geradores.

Não ficou claro quando é que a ajuda começará a chegar. A passagem egípcia de Rafah tem uma capacidade limitada e, segundo o Egito, foi danificada pelos ataques aéreos israelitas.

Biden acredita que "a outra equipa" atacou hospital em Gaza

O Presidente Joe Biden chegou esta quarta-feira a Israel. No aeroporto, tinha à espera uma comitiva presidida pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

Telavive quer deixar claro que foi a Jihad Islâmica e não o exército israelita a bombardear um hospital em Gaza, um dia antes. E a narrativa parece ter convencido Biden. 

Aos jornalistas, o presidente norte-americano disse acreditar que o ataque tenha sido realizado "pela outra equipa" e que os Estados Unidos vão continuar a apoiar Israel.

"Ao responder a estes ataques, Israel tem de continuar a garantir que tem o que precisa para se defender. E nós vamos garantir que isso aconteça", assegurou o chefe de Estado norte-americano.

Scholz defende direito à defesa de Israel no Egito

A ida de Biden a Israel coincide com a visita do chanceler Olaf Scholz ao Egito, para reforçar o apoio da Alemanha ao país africano na busca de uma solução diplomática para o conflito entre Israel e Gaza. 

No Cairo, o líder alemão defendeu o direito de Israel a defender-se mas deixou claro que o Hamas não é o povo palestiniano.

"Para nós é claro: os palestinianos não são o Hamas e o Hamas não tem o direito de falar em nome dos palestinianos. O Hamas está a fazer reféns pessoas inocentes e a utilizá-las indevidamente como escudos humanos. O nosso objetivo é proteger os civis e fazer alguma coisa para acabar com o sofrimento humano".

Egito teme ataque de Israel caso acolha deslocados de Gaza

O Egito, que faz fronteira com Gaza, rejeita receber uma deslocação forçada de palestinianos. 

O presidente egípcio Abdel Fattah al-Sissi afirmou esta quarta-feira temer que um "êxodo em massa" para a península do Sinai transforme a região num campo de operações militares e exponha o território a ataques de Israel.

"Transferir os cidadãos palestinianos da Faixa de Gaza para o Sinai significa simplesmente que a ideia de resistência e de luta de Gaza estará no Sinai. Por conseguinte, o Sinai será uma base de operações contra Israel e, nesse caso, Israel terá o direito de se defender e de dirigir os seus ataques contra o território egípcio", disse.

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