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"Durmo com fome, porque não há pão". Sobrevivência na Faixa de Gaza é cada vez mais difícil

Palestinianos amontoam-se à espera da comida no centro de distribuição de Rafah, no sul da Faixa de Gaza
Palestinianos amontoam-se à espera da comida no centro de distribuição de Rafah, no sul da Faixa de Gaza Direitos de autor  Hatem Ali/Copyright 2023 The AP. All rights reserved.
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De Euronews
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Deslocados pela guerra estão sem acesso a comida. Adultos e crianças mal conseguem fazer uma refeição por dia.

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Quem por estes vive deslocado na Faixa de Gaza, muito provavelmente já não terá casa para voltar. As pessoas que se viram obrigadas a abandonar as suas casas para fugir aos bombardeamentos israelitas, não levaram consigo dinheiro, nem pertences. 

No campo de tendas onde agora habitam, as vítimas da guerra de fogo passam também por uma guerra de fome, onde conseguir mais que uma refeição por dia é praticamente impossível.

Yamen Labad é apenas uma criança, mas assume como seu cargo cuidar dos irmãos. 

"Acendi esta lenha para cozinhar trigo para mim e para os meus irmãos, para podermos comer. Não comemos desde ontem", conta.

Ir para a cama de estômago vazio tornou-se comum também para Batoul Al-Skafi. 

"Quando a minha mãe cozinha, divide a comida entre mim e os meus irmãos. Por vezes, recebo um pão e, outras vezes, durmo com fome, porque não há pão".

O bloqueio à ajuda humanitária na Faixa de Gaza deixou os mercados esgotados.

Famílias inteiras contam que passam dias sem comer. E, apesar da ajuda dos vizinhos, Umm Mahmoud Al-Athamna, relata como sobreviver é cada vez mais difícil.

"Conseguir pão é difícil, conseguir água é mais difícil, e farinha também, não há ajuda, e a situação das crianças é difícil. Só se pode comer uma refeição por dia, o almoço. Não há pequeno-almoço nem jantar. A situação é difícil. Fugimos rapidamente da nossa casa, não estávamos à espera que a guerra chegasse, por isso não temos nada nem dinheiro".

De acordo com uma agência das Nações Unidas no terreno, todas as padarias no norte da Faixa de Gaza tiveram de encerrar devido à falta de bens essenciais, enquanto os civis desesperam por um pedaço de pão.

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