Situação no maior hospital de Gaza é "terrível"

De acordo com a OMS o al-Shifa já não tem possibilidade de operar como um hospital pela falta de recursos
De acordo com a OMS o al-Shifa já não tem possibilidade de operar como um hospital pela falta de recursos Direitos de autor Abed Khaled/AP
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De  Teresa Bizarro com agências
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Isolado, quase sem energia, água e alimentos - as condições no maior hospital dde Gaza agravam-se a cada hora que passa e fazem aumentar a pressão nternacional sobre Israel

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Intensificam-se os combates em redor Hospital al-Shifa, o maior de Gaza. A informação é avançada por médicos e civis que se encontram dentro do edifício. As condições de saúde degradam-se a cada hora que passa e a Organização Mundial de Saúde diz que a situação é "terrível e perigosa".

De acordo com o pessoal médico, alimentos e água estão a esgotar-se e os bombardeamentos israelitas provocaram uma perda quase total de energia.

O último gerador hospitalar ficou sem combustível no sábado, provocando a morte de três bebés prematuros e de quatro outros pacientes. Informação do Ministério palestiniano da Saúde que diz que há mais 36 recém-nascidos em risco de morrer.

Os aliados de Telavive manifestam-se "muito preocupados" após a divulgação de fotografias que mostram bebés prematuros colocados numa sala de cirurgia em vez de estarem em incubadoras, devido ao corte de energia.

Israel anunciou que iria ajudar a retirar os recém-nascidos do hospital para uma instalação "mais segura", mas insiste que o alvo é legítimo por conter um posto de comando Hamas - alegações negadas pelo movimento palestiniano e pelos trabalhadores do hospital.

Em declarações à CNN, o primeiro-ministro israelita garantiu que uma centena de pacientes já saíram, mas no hospital não há confirmação desta informação.

O exército israelita afirma ter deixado combustível perto do das instalações hospitalares no sábado à noite. Foram divulgadas imagens que mostram soldados a transportar recipientes. Os trabalhadores do hospital também não confirmam a informação. Dizem ter medo de sair, porque os atiradores israelitas reagem a qualquer movimento.

Israel tem estado sob crescente pressão internacional para um cessar-fogo. À sexta semana de guerra, até o aliado mais próximo, os Estados Unidos, dá sinais de desconforto, sobretudo com o ataque a hospitais.

O primeiro-ministro israelita reafirmou este fim-de-semana, que só admite falar de cessar-fogo depois de serem libertados os cerca de 240 reféns, capturados a 7 de outubro pelo Hamas.

A guerra contra o Hamas continua a transpor as fronteiras do Líbano e da Síria. Na fronteira norte de Israel, os combates intensificaram-se nos últimos dias. Dezoito israelitas ficaram feridos, num ataque do Hezbollah com mísseis anti-tanque.

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