Altas patentes ucranianas querem mobilizar mais meio milhão de soldados, diz Zelenskyy

Volodymyr Zelenskyy
Volodymyr Zelenskyy Direitos de autor Efrem Lukatsky/AP
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O presidente ucraniano deu conferência de imprensa de final de ano: revelou que as altas patentes querem mobilizar mais meio milhão de soldados e que está confiante que os Estados Unidos vão manter ajuda a Kiev.

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O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, acredita que os Estados Unidos da América vão manter a ajuda a Kiev, apesar do bloqueio no Congresso norte-americano de um pacote de assistência à Ucrânia no valor de 60 mil milhões de dólares.

Na conferência de imprensa de final de ano, durante a qual falou aos jornalistas durante cerca de duas horas, Zelenskyy garantiu estar confiante na cooperação norte-americana e sublinhou que o apoio ocidental é fundamental para Kiev. O chefe de Estado ucraniano agradeceu ainda a ajuda dos Estados Unidos com os sistemas de mísseis Patriot e NASAMS, que disse serem essenciais para protegerem a Ucrânia de eventuais ataques russos às infraestruturas de energia durante o inverno.

Sobre a NATO, Zelenskyy diz que os sinais que tem recebido, sobre a eventual adesão à Aliança Atlântica, "não fazem nenhum sentido".

"Não recebemos uma proposta sólida, nem de um único parceiro. É difícil imaginar, nesta altura, como é que isso pode acontecer", acrescentou. 

Zelenskyy revelou ainda que as altas patentes militares lhe propuseram mobilizar mais meio milhão de soldados para a guerra, mas assinalou que este é um tema "sensível" que precisará de um debate mais aprofundado antes de ser tomada qualquer decisão.

E garantiu que a Rússia falhou nas suas tentativas de ocupar mais território ucraniano desde o início da invasão, ainda que, já esta terça-feira, o presidente russo tenha garantido que as forças de Moscovo estão nas posições desejadas na Ucrânia. 

Segundo números divulgados pelo Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, o conflito entre Rússia e Ucrânia já provocou a morte a mais de 10 mil civis em território ucraniano. 

Recorde-se que a Ucrânia enfrenta nesta altura obstáculos financeiros, uma vez que o Congresso norte-americano, em período de férias devido à quadra festiva, não aprovou o apoio de cerca de 61 mil milhões de dólares que a Casa Branca queria enviar à Ucrânia, exigindo em troa reformas nas leis da imigração. Também a União Europeia teve de adiar o envio de cerca de 50 mil milhões de euros para Kiev, devido ao veto do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán.

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