No campo diplomático, Israel está cada vez mais isolado devido à morte indiscriminada de civis na Faixa de Gaza. Os EUA reforçam que o exército israelita tem de ser cirúrgico.
Vários palestinianos feridos tiveram de ser levados para o hospital Nasser em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, após mais um bombardeamento israelita.
Israel alega que não atingiu civis intencionalmente, no entanto, imagens de dia 10 de dezembro mostram um grupo de paramédicos que conseguiu escapar por pouco dos bombardeamentos enquanto tentavam recuperar corpos em Khan Younis.
Mas bombardear não é a única arma de guerra... A Human Rights Watch acusou Israel de também matar civis à fome intencionalmente como parte de sua ofensiva na Faixa de Gaza.
Israel está cada vez mais isolado no campo diplomático, com os seus aliados mais próximos a pressionarem a cada dia que passa com novos pedidos de cessar-fogo.
Entretanto, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, está em Telavive em missão diplomática para confirmar o apoio a Israel.
Lloyd Austin defendeu que é fundamental tornar a guerra com o Hamas mais "cirúrgica", reiterando a necessidade de reduzir os danos causados a civis e passar para "operações de menor intensidade".
"Proteger os civis palestinianos em Gaza é um dever moral e um imperativo estratégico. Portanto, continuaremos a defender o direito fundamental de Israel de se defender e também continuaremos a insistir na proteção dos civis durante o conflito e a aumentar o fluxo de ajuda humanitária para Gaza", prometeu o secretário de Defesa norte-americano.
Esta segunda-feira, um comboio de ajuda humanitária entrou em Gaza pela passagem de Kerem Shalom, que liga Gaza a Israel, e é um dos principais pontos de trânsito de mercadorias dentro e fora de Gaza. É muito mais rápido que a travessia de Rafah, mas esteve fechada até agora desde o ataque do Hamas de 7 de outubro.
Ainda na segunda-feira, uma votação do Conselho de Segurança da ONU que visava a "cessação das hostilidades" em Gaza, foi adiada devido à redação da resolução que ia a votos.
Os Estados Unidos opuseram-se à referência a uma "cessação das hostilidades", mas disseram aceitar a "suspensão das hostilidades" numa próxima votação.