Cerca de 53 palestinianos foram mortos e 357 outros ficaram feridos nos combates na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas, segundo o ministério da Saúde de Gaza.
Os palestinianos que se encontravam no campo de refugiados de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, começaram a procurar os seus pertences nos escombros, após uma operação de três semanas do exército israelita na zona.
O maior campo de refugiados de Gaza, que em tempos albergou mais de 100.000 pessoas, foi praticamente destruído numa missão das Forças de Defesa de Israel para eliminar as posições do grupo terrorista Hamas.
Segundo o ministério da Saúde de Gaza, 53 palestinianos foram mortos e 357 outros ficaram feridos nas últimas 24 horas na Faixa de Gaza. Na quinta-feira, a ajuda humanitária voltou a ser transportada por via aérea para Gaza, tendo a população acorrido às zonas de aterragem para tentar aceder a alimentos e a outros bens.
Restrições no acesso à Faixa de Gaza dificultam distribuição de ajuda
Numa conferência de imprensa realizada em Nova Iorque, o porta-voz do secretário-geral das Nações Unidas fez um balanço sombrio da situação humanitária em Gaza.
“A escalada das hostilidades e as graves restrições de acesso continuam a dificultar as operações de ajuda em Gaza, numa altura em que centenas de milhares de pessoas precisam de assistência para salvar vidas”, disse Stephane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, citado pela AP.
No entanto, a administração do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, insiste que a ação militar de Israel em Rafah não é a grande operação que as autoridades têm vindo a ameaçar há semanas.
“Temos sido claros quanto ao que isto não é. E não se trata de uma grande operação militar. Não a vou classificar numa categoria ou noutra”, disse Vedant Patel, porta-voz adjunto do Departamento de Estado, citado pela AP, acrescentado que os EUA vão continuar a consultar os seus parceiros em Israel”.
Entretanto, muitos palestinianos continuam a fugir da cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em busca de áreas mais seguras. “Esta é a quarta ou quinta vez que nos mudamos. Eu vim de Tuffah, depois fugimos para Serat, depois para Deir Al Balah e depois para Rafah. E agora temos de regressar a Deir Al Balah", disse um palestiniano deslocado, citado pela AP.
As Nações Unidas estimam que cerca de 900.000 pessoas tenham fugido de Rafah, desde a incursão terrestre lançada contra a cidade em maio. A maioria destas pessoas eram palestinianos deslocados que tinham procurado abrigo na cidade do sul da Faixa de Gaza por ser considerada “segura”.