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Trump culpa Joe Biden pela invasão da Ucrânia pela Rússia e elogia Nicolás Maduro

Trump e Musk falaram durante mais de duas horas numa conversa pública transmitida pela X.
Trump e Musk falaram durante mais de duas horas numa conversa pública transmitida pela X. Direitos de autor Matt Rourke/Copyright 2021 The AP. All rights reserved.
Direitos de autor Matt Rourke/Copyright 2021 The AP. All rights reserved.
De  Euronews
Publicado a Últimas notícias
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Artigo publicado originalmente em inglês

O candidato republicano afirmou durante a sua campanha que poderia acabar com a guerra num dia se fosse reeleito presidente.

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Donald Trump disse que o Presidente dos EUA, Joe Biden, é o culpado pela invasão da Ucrânia pela Rússia, enquanto falava com o bilionário da tecnologia Elon Musk numa entrevista no X.

Num ataque contundente ao atual presidente, Trump afirmou que a Rússia nunca teria invadido o país se Biden não estivesse no cargo.

Trump argumentou que a sua "forte" relação com Putin poderia ter evitado o conflito, afirmando que lhe teria mesmo dito para não agir.

"Eu dava-me muito bem com (o Presidente russo Vladimir) Putin e ele respeitava-me", disse Trump a Musk, acrescentando: "Falávamos sobre a Ucrânia. Era a menina dos seus olhos. Mas eu disse-lhe para não o fazer".

"A Rússia derrotou a Alemanha connosco, e derrotou Napoleão. Já cá andam há muito tempo. São uma grande força de combate, e é muito injusto... Estamos numa posição muito má. E não vou culpar, exclusivamente, mas posso dizer-vos que podia ter impedido isso", disse Trump.

Donald Trump reúne-se com o Presidente russo Vladimir Putin na Cimeira do G20, em julho de 2017.
Donald Trump reúne-se com o Presidente russo Vladimir Putin na Cimeira do G20, em julho de 2017.Evan Vucci/Copyright 2017 The AP. All rights reserved.

O ex-presidente dos EUA também falou sobre a ajuda à Ucrânia, parecendo sugerir que a UE deveria igualar as suas despesas com os EUA.

"Eu digo: 'porque é que não vão igualar? Porque é que eles não estão a pagar o que nós estamos a pagar?" disse Trump a Musk. "Porque é que os Estados Unidos estão a pagar desproporcionalmente mais para defender a Europa do que a Europa? Isso não faz sentido. É injusto e é uma questão que deve ser abordada".

Trump criticou também as regras comerciais da UE, afirmando que "tiram grande vantagem dos Estados Unidos no comércio". "Não são tão duras como as da China, mas são más", acrescentou.

"Zelenskyy foi muito honrado comigo"

Trump passou então a elogiar o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy, chamando-o de "honrado" pela forma como lidou com o telefonema que resultou no primeiro impeachment de Trump, em 2019.

"Sinceramente, não há ninguém que se sinta pior do que eu em relação à situação na Ucrânia, porque sei que nunca teria acontecido", disse Trump, "conheço Zelenskyy. Zelenskyy foi muito honrado comigo, porque quando eles foram com a farsa da Rússia e disseram que eu tinha feito uma chamada telefónica com ele. Ele disse que tinha sido um telefonema perfeito".

Os comentários de Trump sobre a Ucrânia surgem na sequência da fuga de mensagens de texto entre o seu candidato a vice-presidente, J.D. Vance, e o teórico da conspiração de extrema-direita, Charles Johnson, nas quais Vance depreciava o apoio dos EUA à Ucrânia.

O candidato republicano à vice-presidência, JD Vance, e o candidato republicano à presidência, o ex-presidente Donald Trump, participam num comício de campanha em Atlanta.
O candidato republicano à vice-presidência, JD Vance, e o candidato republicano à presidência, o ex-presidente Donald Trump, participam num comício de campanha em Atlanta.Ben Gray/Copyright 2024 The AP. All rights reserved

De acordo com o Washington Post, Vance disse a Johnson: "Meu, eu nem sequer aceito chamadas da Ucrânia".

As conversas de texto datam de outubro de 2023 e coincidiram com a tentativa dos republicanos do Congresso de obstruir um pacote de ajuda à Ucrânia.

Trump elogiou Nicolas Maduro

Durante a conversa, Trump elogiou o trabalho do presidente venezuelano Nicolás Maduro, reeleito recentemente mas com suspeitas de fraude que ainda não foram dissipadas.

Trump disse que Maduro conseguiu uma "queda de 72% no crime", disse Trump, referindo-se a um país onde, de acordo com a Amnistia Internacional, os opositores políticos e manifestantes são detidos e os direitos humanos são violados.

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Outros temas abordados na entrevista

Para além da imigração, foram abordados outros temas como a sua tentativa de assassinato, o desejo de equipar os EUA com um sistema de mísseis Iron Dome como o israelita; ou a ideia de encerrar o Departamento Federal de Educação e transferir a responsabilidade para os estados.

Trump também falou de veículos eléctricos, elogiando a Tesla, a empresa automóvel detida por Musk. Por seu lado, Musk disse que estaria disposto a ajudar a administração Trump com uma proposta de "comissão de eficiência governamental".

Críticas a Kamala Harris

Por fim, o candidato republicano também falou sobre a decisão do presidente Joe Biden de desistir das eleições presidenciais e dar lugar à vice-presidente Kamala Harris.

"Não sou fã de Joe Biden, que é o pior presidente da história. Mas o que fizeram com ele foi um golpe. Harris é uma radical de São Francisco, está mais à esquerda do que Bernie Sanders, vai ser pior", comentou Trump.

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A entrevista foi seguida por apoiantes de Harris que deixaram vários comentários sobre Musk e Trump como dois "ricos obcecados por si próprios que vendem a classe média e são incapazes de gerir um livestream no ano 2024".

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