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Pedro Sánchez alerta para o avanço fascista e defende a democracia face à ingerência de Musk

Pedro Sánchez durante a COP29 em Baku.
Pedro Sánchez durante a COP29 em Baku. Direitos de autor  Rafiq Maqbool/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.
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De Cristian Caraballo
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O primeiro-ministro espanhol salientou as conquistas do país após a ditadura, mas alertou para os riscos de uma possível regressão democrática face ao avanço dos valores autocráticos e do fascismo na Europa.

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O chefe do Governo de Espanha, Pedro Sánchez, inaugurou na quarta-feira, no Museu Rainha Sofia, o programa Espanha em Liberdade, que marca o 50º aniversário da morte de Francisco Franco e o início da transição democrática em Espanha. Durante o discurso, Sánchez salientou os êxitos alcançados pelo país após a ditadura, mas também alertou para os riscos de uma possível regressão democrática face ao avanço dos valores autocráticos e do fascismo na Europa.

Sánchez exortou as novas gerações a valorizarem a democracia, recordando-lhes que "a liberdade nunca é conquistada de forma permanente, é algo que se pode perder. Pode voltar a acontecer".

"Não é preciso ser de uma determinada ideologia, esquerda, centro ou direita, para olhar com grande tristeza, e também com grande terror, para os anos negros do regime de Franco. E temer que essa regressão se repita. Basta sermos democratas", sublinhou o primeiro-ministro espanhol.

"O fascismo que pensávamos ter deixado para trás é agora a terceira força política na Europa", alertou, apontando ainda Elon Musk como líder de uma "internacional reacionária" que promove o ódio e a desinformação.

"E a internacional reacionária ou de ultra direita, liderada pelo homem mais rico do planeta, ataca abertamente as nossas instituições, incita ao ódio e apela abertamente ao apoio aos herdeiros do nazismo na Alemanha nas próximas eleições", acrescentou.

Sem a presença de Feijóo ou Abascal

O evento, que contou com a presença de membros do Governo, sindicatos e figuras da cultura, foi marcado pela ausência do Rei Felipe VI, dos líderes do Partido Popular e do partido de extrema-direita Vox.

Sánchez sublinhou que a defesa da democracia é um compromisso que transcende as ideologias: "Não é preciso ser progressista, basta ser democrata". Apelou também à luta contra as notícias falsas, que descreveu como "a principal arma dos inimigos da democracia", e à aprendizagem com os erros do passado para evitar a sua repetição.

Sánchez concluiu defendendo o caminho percorrido por Espanha nos últimos 50 anos: "Ninguém vindo de tão longe chegou tão longe como a Espanha democrática".

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