Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico diz que a taxa de desemprego nos países da OCDE, em 2020, será pior do que o da crise de 2008.
Pior do que a crise financeira de 2008. De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, no relatório sobre as "Perspetivas de emprego", a taxa de desemprego nos países da OCDE atingirá, em média, os 9,4% em 2020. No final de 2019 as previsões apontavam para 5,3%.
Em poucos meses a pandemia de Covid-19 passou de uma crise de Saúde Pública a um desastre económico, com perdas de emprego como não se imaginava nem nos piores cenários como explica o secretário-geral do organismo.
A Colômbia deverá ser o país mais afetado, de acordo com as previsões, com uma quebra de entre 10,63% e 12,58% no número pessoas empregadas.
Em Portugal, a região do Algarve, altamente dependente do Turismo, poderá ver mais de 40% dos empregos perdidos.
A situação pode agravar-se num cenário de segunda onda de pandemia. Neste caso, estima-se que o desemprego possa atingir, entre os países da OCDE, os 12.6%.
Números que, esclarece o responsável da OCDE, traduzir-se-ão num aumento exponencial da pobreza e cria o risco de as pessoas entrarem em bancarrota.
As mulheres, que representam dois terços da força de trabalho no setor da Saúde, em todo o mundo, são as mais penalizadas, ao contrário do que sucedeu em 2008.
Na Europa, em maio, a taxa de desemprego aumentou no que diz respeito às mulheres, mas permaneceu estável em relação aos homens.
Para além das mulheres também os jovens terão grandes desafios pela frente. A OCDE diz que os recém-licenciados enfrentam perspetivas sombrias, com poucas hipóteses de conseguirem um emprego ou mesmo um estágio, num futuro próximo.