Institutos tinham previsto no outono um crescimento da economia alemã de 1,3% para este ano. Alemanha, que tenta sair da recessão, é afetada pelos elevados custos da energia e pela inflação. Maior economia da Europa está a sofrer com falta de mão-de-obra qualificada.
Os principais grupos de reflexão económica da Alemanha reduziram para 0,1% as previsões para a economia do país em 2024, a maior da Europa.
No seu relatório anterior, no outono passado, os cinco institutos tinham previsto um crescimento de 1,3% para este ano.
A revisão em baixo está mais em linha com as previsões do governo alemão, que na semana passada apontou um crescimento do PIB de apenas 0,2% para 2024.
As previsões dos grupos de reflexão para o próximo ano não sofreram grandes alterações: a expectativa de crescimento para 2025 é de 1,4%, ligeiramente abaixo dos 1,5% anteriores.
No ano passado, a produção na Alemanha registou uma contração de 0,3%.
"Embora seja provável que se inicie uma recuperação a partir da primavera, o impulso global não será demasiado forte", afirmou Stefan Kooths, diretor de investigação económica do Instituto de Economia Mundial de Kiel.
Apesar de em meados de fevereiro se ter tornado a terceira maior economia do mundo, tendo superado o Japão, a Alemanha, que é a maior economia da Europa, tem-se debatido com um aumento dos custos da energia após a invasão russa e com uma inflação elevada.
Estas pressões até diminuíram, mas o abrandamento do comércio mundial, as taxas de juro elevadas e outros problemas, como a falta de mão de obra qualificada e o excesso de burocracia, continuaram a pesar sobre a economia germânica.