Newsletter Boletim informativo Events Eventos Podcasts Vídeos Africanews
Loader
Encontra-nos
Publicidade

Musica: A versão sublime e minimalista de "Madame Butterfly"

Em parceria com
Musica: A versão sublime e minimalista de "Madame Butterfly"
Direitos de autor 
De Euronews
Publicado a
Partilhe esta notícia Comentários
Partilhe esta notícia Close Button
PUBLICIDADE

Sublime, minimalista e até “zen”. Estes são os adjetivos utilizados por muitos para descrever “Madame Butterfly” encenada por Bob Wilson. Esta produção do norte-americano, em palco na Ópera da Bastilha, em Paris, é já considerada um clássico. A “tragédia japonesa” de Puccini conta a história de amor de uma gueixa, Cio-Cio-San, aqui interpretada pela soprano búlgara Svetla Vassileva

A soprano acredita que “Cio-Cio-San pode ser considerada uma rebelde: por amor renega a sua religião e acaba por ser rejeitada pela própria família, pelo próprio mundo. E, até ao fim, encontra forças e fé para lutar.”

Svetla Vassileva revela que fez um esforço adicional para assumir este papel: “há momentos nesta ópera que me comovem profundamente. Bob Wilson, o encenador, pediu-me para representar de forma introvertida, sem nunca expressar muitas emoções, o que foi realmente difícil para mim, uma vez que sou emocional, extrovertida. Mas gostei muito porque se trata de um desafio novo para mim.”

O maestro italiano Daniele Callegari, que dirige a orquestra, fala de forma entusiasmada de uma produção pouco convencional. Callegari sublinha que “todos os movimentos feitos no palco pelos cantores estão estritamente ligados à música. Não acontecem por acaso. A coreografia desempenha um papel dramático muito importante e está ligada à música de forma perfeita.”

O maestro está muito satisfeito com o trabalho de toda a equipa. Considera mesmo que “esta ópera é muito gratificante, sobretudo porque tenho uma orquestra fantástica a acompanhar-me, a seguir a minha batuta de forma perfeita e sabe como “respirar” comigo. Também é fantástico quando a orquestra percebe exatamente o que se pede…cada pequena nuance é transmitida de forma extraordinária pelo fio invisível que existe entre a batuta e o palco.”

A soprano Svetla Vassileva acredita ainda que “Madame Butterfly” é a combinação perfeita de duas culturas distintas. Vassileva diz mesmo que “Puccini pôs muito da “alma italiana” nesta ópera, o que fez da protagonista uma mulher sensível e apaixonada. Mas o suicídio no final é um ato definitivamente ligado à cultura japonesa.”

Veja a entrevista na íntegra ao maestro Daniele Callegari, em italiano, clicando neste link:
‘Quando la provincia era fucina di talenti…’

Ir para os atalhos de acessibilidade
Partilhe esta notícia Comentários

Notícias relacionadas

Talentoso jovem maestro ganha Prémio Herbert von Karajan

Prémio Herbert von Karajan para Jovens Maestros: uma experiência emocionante

"Champion", a vida do pugilista Emile Griffith numa ópera-jazz