Na conferência do partido Irmãs de Itália, que aconteceu no domingo em Pescara, a primeira-ministra italiana disse que o seu objetivo é reproduzir na Europa o que conseguiu em Itália.
A conferência do Partido Irmãos de Itália, que aconteceu em Pescara no domingo, marcou um momento-chave na preparação das eleições europeias. A primeira-ministra Giorgia Meloni afirmou que o seu objetivo é reproduzir na Europa o que conseguiu em Itália e que pretende, por isso, criar uma maioria que reúna as forças de centro-direita.
No discurso proferido pelo líder do grupo dos Conservadores e Reformistas Europeus (ECR) surgiram pormenores importantes sobre o papel do Irmãos de Itália na Europa e sobre Giogia Meloni.
"Meloni refere-se a um espetro de posições que considera o ECR e o PPE [Partido Popular Europeu] como os dois eixos principais. Depois, algumas delegações do ID [Partido Identidade e Democracia], no campo da direita, juntamente com outras do Renovar a Europa, à esquerda, vão constituir o número total necessário para alcançar a maioria e votar a favor de algumas medidas", disse Nicola Procaccini, copresidente do grupo ECR, citado pelas agências internacionais.
De acordo com Procaccini, citado pelas agências internacionais, trabalhar ao lado de diferentes forças políticas “é possível e já aconteceu no passado”.
"As maiorias ou minorias formam-se com base no voto único. Acredito que o ponto de equilíbrio no próximo Parlamento Europeu se vai deslocar para a direita. No entanto, nunca vai funcionar da mesma maneira que funciona para os governos nacionais. O PPE e uma grande parte do Renovar a Europa estão a votar ao lado da ECR, do PiS [Partido Lei e Justiça], de Viktor Orbán, entre outros. E isso já está a acontecer hoje, não porque haja um acordo em vigor, mas com base na questão que estamos a votar. Penso que esta forma de votar será mais frequente na próxima legislatura", explica Procaccini.
Francesco Giubilei, analista político e presidente da Nação do Futuro, um movimento que nasceu com o objetivo de promover o debate político e cultural, afirmou que os resultados eleitoriais vão ser decisivos.
"Os números vão ser cruciais. Há um debate em curso sobre os candidatos ao cargo de presidente da Comissão Europeia ou de presidente do Conselho da União Europeuia e sobre potenciais alianças. Mas sabemos que as coligações vão ser formadas depois de conhecidos os resultados eleitorais e não antes. É também o caso das nomeações principais".