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Reconhecimento do Estado da Palestina é único caminho para a paz, diz primeiro-ministro da Irlanda

Simon Harris, primeiro-ministro da Irlanda, em entrevista exclusiva à Euronews
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Em entrevista exclusiva à Euronews, Simon Harris afirma que a Irlanda sabe distinguir entre o Hamas, "organização terrorista", e a Palestina, acusando o primeiro-ministro israelita de não estar empenhado na solução de dois Estados, algo que mereceu "consenso generalizado ao longo de muitos anos".

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O primeiro-ministro da Irlanda afirma que o reconhecimento do Estado da Palestina é o único caminho credível para a paz e segurança dos israelitas e dos palestinianos.

Em entrevista exclusiva à Euronews, Simon Harris defende que os palestinianos têm o direito legítimo a um Estado e a um futuro definido pelo sucesso e não pelo sofrimento.

"A Irlanda teria preferido muito mais ter feito isto como parte de um processo de paz. De facto, era essa a intenção inicial do nosso programa de governo. Mas não podemos esperar para sempre. Já passou muito tempo, muitas décadas, desde os Acordos de Oslo.", afirma Harris.

"Agora, mais do que nunca, temos de nos manifestar e falar abertamente sobre a importância de uma solução de dois Estados, porque, em última análise, é isso que proporciona ao povo de Israel, ao povo da Palestina e a toda a região a estabilidade e a paz que tanto os israelitas como os palestinianos merecem.", acrescenta.

Harris sublinha que é preciso "manter viva a esperança, o sonho e o destino de uma solução de dois Estados, numa altura em que, infelizmente, outros estão a trabalhar para a minar."

Israel não colabora

O chefe do governo de Dublin acusa Israel de não querer contribuir para o processo de paz.

"Não creio que o governo de Netanyahu esteja, de alguma forma, empenhado em conseguir uma solução de dois Estados. Ouvimos muita retórica e comentários em relação a isso. Uma solução com dois Estados foi, penso eu, o consenso generalizado que surgiu ao longo de muitos e muitos anos.", diz Harris.

O primeiro-ministro irlandês lamenta os "muitos esforços para acabar com a esperança" e admite que a decisão de reconhecer o Estado palestiniano surge numa altura em que há "uma catástrofe humanitária inconcebível em Gaza.".

"É por isso que é **tão importante darmos força às vozes moderadas, tanto na Palestina como em Israel.**Porque há muita retórica, há muita deturpação intencional do que a Irlanda e outros países fazem ao reconhecer a Palestina.", realça Harris, deixando claro que reconhecer o Estado da Palestina não implica validar as ações do Hamas.

"Não se trata do Hamas. Nós abominamos o Hamas, que é uma organização terrorista. Não oferecem nada ao povo palestiniano em termos de futuro.São um perigo e uma ameaça para os israelitas e para o povo palestiniano. O que aconteceu no dia 7 de outubro foi um massacre terrorista desprezível e repugnante. Todos os reféns devem ser libertados incondicionalmente.", salienta.

"Mas os irlandeses sabem melhor do que a maioria das pessoas o que é ter uma organização terrorista a sequestrar a sua identidade. O Hamas não é a Palestina. E somos capazes de distinguir as duas coisas.", finaliza.

A Irlanda, tal como a Espanha e a Noruega, reconhecerá o Estado da Palestina a 28 de maio.

Israel diz que a medida põe em causa a sua soberania e segurança.

Entretanto, as autoridades palestinianas congratularam-se com a decisão, afirmando que esta reconhece a identidade nacional distinta dos palestinianos e o seu direito à autodeterminação.

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