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Von der Leyen recusa participar no debate entre líderes sobre os cargos de topo da UE

Ursula von der Leyen é a primeira candidata indiscutível à presidência da Comissão Europeia.
Ursula von der Leyen é a primeira candidata indiscutível à presidência da Comissão Europeia. Direitos de autor European Union, 2024.
Direitos de autor European Union, 2024.
De  Jorge Liboreiro
Publicado a Últimas notícias
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Artigo publicado originalmente em inglês

Ursula von der Leyen não vai estar presente na reunião dos líderes da UE, segunda-feira, em Bruxelas, para discutir os cargos mais importantes nas instituições, após os resultados das eleições europeias.

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Ursula von der Leyen, atual presidente da Comissão Europeia que pretende assegurar um segundo mandato depois do seu partido (PPE) ter vencido as eleições europeias, vai retirar-se da sala quando os dirigentes se reunirem, na segunda-feira, para uma discussão informal sobre os principais cargos da União Europeia.

Estas negociações são o capítulo imediatamente a seguir às eleições para o Parlamento Europeu e irão decidir a liderança política do bloco para os próximos cinco anos.

Os cargos em debate são o de presidente da Comissão Europeia, o de presidente do Conselho Europeu e o de Alto Representante para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança.

A distribuição deve ser feita - pelo menos, em teoria - de acordo com os resultados das eleições, tendo em conta o equilíbrio político, geográfico e de género.

Com o Partido Popular Europeu (PPE), de centro-direita, a obter uma vitória confortável de 190 lugares, a sua principal candidata, Ursula von der Leyen, está na primeira posição para garantir o apoio necessário dos 27 líderes e cimentar a sua recandidatura.

Mas será que os chefes de Estado e de Governo vão decidir o seu futuro na sua presença?

Não exatamente. Na segunda-feira, von der Leyen participará apenas na troca de pontos de vista com a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, que tradicionalmente dá início a todas as cimeiras, e num debate sobre a agenda estratégica do bloco, uma declaração em preparação sobre as prioridades políticas para os próximos cinco anos.

Depois disso, Roberta Metsola abandonará a sala.

Jantar só com chefes de governo e de Estado

"Seguir-se-á um jantar, que será apenas para os líderes, onde o tema em debate serão os cargos de topo da União Europeia e onde a presidente não estará presente. É só para dirigentes", afirmou um porta-voz da Comissão, esta sexta-feira.

A presença, ou ausência, de von der Leyen durante a cimeira informal foi alvo de especulaçãonos últimos dias, em especial devido à sua rivalidade de longa data com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, que, na qualidade de anfitrião, define a agenda.

A sua relação de trabalho deteriorou-se após o chamado Sofagate, um fiasco protocolar que fez manchetes internacionais em 2021. Desde então, nunca mais recuperou.

Michel, cujo mandato é limitado por mandatos, foi acusado de tentar sabotar a reeleição de von der Leyen, algo negado pelo porta-voz de Michel.

Von der Leyen é muito apreciada entre os membros do Conselho Europeu, pelo que a sua seleção está quase garantida. Se não for já na segunda-feira, então deevrá ser a 27 de junho, quando os líderes da UE se reunirem para uma cimeira formal.

Depois disso, a sua nomeação será objeto de uma audição no Parlamento Europeu, onde precisará de 361 votos a favor do total de 720 eurodeputados. Esta segunda fase é mais complicada e envolverá intensas conversações com os principais partidos pró-europeus: os socialistas, os liberais e, possivelmente, os Verdes.

A presidência do Conselho Europeu deverá ser atribuída aos socialistas, enquanto os liberais, que sofreram perdas nas eleições, deverão ficar com o cargo de Alto Representante para a Política Externa.

O debate para este último cargo, que equivale a chefe da diplomacia da UE, poderá revelar-se difícil durante o jantar dos líderes, uma vez que dois dos atuais membros, Kaja Kallas, primeira-ministra da Estónia, e Alexander De Croo, primeiro-ministro demissionário da Bélgica, são considerados candidatos credíveis para Alto Representante.

Coincidentemente, Kallas e De Croo foram designados pela família liberal para liderar as negociações políticas na segunda-feirsa. Donald Tusk, líder da Polónia, e Kyriakos Mitsotakis, líder da Grécia, representarão o PPE, enquanto Olaf Scholz, chanceler da Alemanha, e Pedro Sánchez, primeiro-ministro de Espanha, falarão em nome dos socialistas.

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