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Guerra na Ucrânia domina debate a três em França

Os líderes políticos franceses participam num debate televisivo antes da primeira volta das eleições antecipadas de 30 de junho
Os líderes políticos franceses participam num debate televisivo antes da primeira volta das eleições antecipadas de 30 de junho Direitos de autor Screenshot from EBU video 2024_10242007
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Artigo publicado originalmente em inglês

Presidente do Rassemblement National, Jordan Bardella, e líder socialista Olivier Faure criticam palavras de Macron sobre possível envio de tropas para a Ucrânia. Primeiro-ministro Gabriel Attal defende posições do presidente.

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Três dias antes da primeira volta das eleições legislativas antecipadas em França, em que serão eleitos os 577 deputados à Assembleia Nacional, a televisão francesa organizou um debate com os líderes dos três principais partidos e coligações.

Participaram no debate o primeiro-ministro Gabriel Attal, em representação do partido Renaissance, a força de Emmanuel Macron atualmente no poder, o presidente do Rassemblement National (RN)Jordan Bardella, e Olivier Faure, primeiro secretário do Partido Socialista, em representação da coligação Nova Frente Popular (NFP).

O poder de compra e a segurança interna foram debatidos, mas foi a guerra na Ucrânia que dominou o debate. O presidente do Rassemblement National, Jordan Bardella, afirmou que não deixaria "o imperialismo russo absorver um Estado aliado como a Ucrânia", mas repetiu que se recusaria a enviar soldados franceses para a Ucrânia se chegasse a primeiro-ministro.

"A minha posição sobre este conflito é muito simples. Mantive-a durante toda esta campanha europeia. É uma posição de apoio à Ucrânia e de evitar uma escalada com a Rússia, que é, recordo-vos, uma potência nuclear", afirmou.

A minha posição é de apoio à Ucrânia e de evitar uma escalada com a Rússia, que é, recordo-vos, uma potência nuclear.
Jordan Bardella
Presidente do Rassemblement National

Os comentários de Olivier Faure foram uma aparente refutação das declarações do Presidente Emmanuel Macron, em maio, que afirmou não excluir a possibilidade de colocar tropas francesas no terreno na Ucrânia se a Rússia ultrapassasse as linhas da frente.

Faure também criticou as declarações de Macron, afirmando que "nem mesmo os ucranianos esperavam que as tropas francesas lutassem ao seu lado".

Grupos antirracismo juntam-se a sindicatos franceses e à coligação de esquerda em protesto contra a ascensão da extrema-direita nacionalista numa manifestação em Paris
Grupos antirracismo juntam-se a sindicatos franceses e à coligação de esquerda em protesto contra a ascensão da extrema-direita nacionalista numa manifestação em ParisChristophe Ena/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.

"É absolutamente inútil. E quando o Presidente da República o propôs, conseguiu simplesmente dividir os europeus e ainda pior. Ao enviar a Putin informações que ele ainda não tinha, ou seja, que os europeus não estão preparados para ir para o terreno", afirmou.

Quando o Presidente da República o propôs (enviar tropas pafra a Ucrânia), o que fez foi dividir os europeus.
Olivier Faure
Primeiro secretário do Partido Socialista

Faure insistiu que a coligação Nova Frente Popular seria contra o envio de tropas para a Ucrânia, mas não se oporia ao envio de mísseis de longo alcance para o país.

A posição de Macron foi defendida pelo seu primeiro-ministro Gabriel Attal: "Quando lutamos pela Ucrânia, lutamos para defender os nossos valores, lutamos para defender a sua liberdade, mas também lutamos pela nossa vida quotidiana. O que o Presidente da República fez foi simplesmente recordar que, face a um Vladimir Putin que não estabelece quaisquer linhas vermelhas, se começarmos por estabelecer linhas vermelhas para nós próprios, estamos a prestar um mau serviço à Ucrânia", afirmou.

Face a um Vladimir Putin que não estabelece quaisquer linhas vermelhas, se começarmos por estabelecer linhas vermelhas para nós próprios, estamos a prestar um mau serviço à Ucrânia
Gabriel Attal
Primeiro-ministro de França

As eleições legislativas antecipadas foram convocadas por Emmanuel Macron a 9 de junho, na noite em que o seu partido, o Renaissance, perdeu para o Rassemblement National, de extrema-direita, nas eleições europeias.

As últimas sondagens mostram o RN, de extrema-direita, na liderança com 36%, seguido pela coligação de esquerda NFP com 27%. O partido de Macron, Renaissance, está em terceiro, com apenas 20% nas sondagens.

Na segunda-feira, Macron alertou os eleitores franceses para o facto de os "extremos" políticos poderem conduzir "à guerra civil".

A primeira volta das eleições realiza-se a 30 de junho e a segunda volta está prevista para 7 de julho.

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