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O que pode a UE esperar de uma candidata como Kamala Harris?

Presidente Joe Biden e a Vice-Presidente Kamala Harris dão as mãos depois de assistirem aos fogos de artifício do 4 de julho a partir da varanda da Casa Branca em Washington
Presidente Joe Biden e a Vice-Presidente Kamala Harris dão as mãos depois de assistirem aos fogos de artifício do 4 de julho a partir da varanda da Casa Branca em Washington Direitos de autor Susan Walsh/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.
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De  Euronews
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Joe Biden comunicou no domingo a sua desistência à corrida à Casa Branca e, poucos minutos depois de lançar a "bomba", deixou também o seu apoio à candidatura de Kamala Harris. A nível de política externa, estará Kamala preparada? O que pode esperar a UE?

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Embora a demissão de Joe Biden fosse esperada, e os boatos e pressões serem já muitos, o anúncio não deixou de ser um choque para quem o recebeu ao final da tarde de domingo através de um comunicado no X.

O presidente Biden apressou-se a apoiar a sua vice-presidente, Kamala Harris, como candidata dos Democratas, ainda quando não se conheciam as intenções da vice-presidente. Mas também não demoraram a ser conhecidas.

“Sinto-me honrada por receber o apoio do Presidente e estou determinada a ganhar esta nomeação”, escreveu Kamala num comunicado.

“Faltam 107 dias para as eleições. Juntos vamos lutar. E juntos venceremos”, concluiu Harris.

A Europa sabe que o resultado das eleições presidenciais norte-americanas de novembro será importante para as relações transatlânticas. E se Kamala Harris ganhar, o que é isso pode significar para a UE?

A Euronews procurou responder a esta pergunta, junto de uma especialista. “Penso que para os aliados na Europa, e também no Indo-Pacífico, podem esperar uma grande continuidade", começa por dizer Sudha David-Wilp, diretora do escritória do GMF em Berlim.

"Provavelmente muitos dos membros do governo de política externa do presidente Biden vão ficar para uma presidência de Kamala Harris, se ela ganhar. Porque, é claro que ela está mais à vontade no que toca a política interna", conclui Sudha.

Para a especialista, o presidente Biden foi "único" porque desempenhou uma política transatlântica "excecional". "Pode até ser um dos últimos do seu género. Não há muitas fontes transatlânticas da próxima geração no sistema político americano", enfatiza a especialista.

Oficialmente, a União Europeia não comenta o que se está a passar nos EUA, mas recentemente têm surgido muitas preocupações quanto a um possível regresso de Donald Trump, especialmente no que respeita ao apoio dos EUA à Ucrânia.

"Temos de continuar a ajudar a Ucrânia. Os americanos são chamados a votar, mas temos de assumir as nossas responsabilidades aqui e agora.Não podemos esperar para ver o que acontece em novembro. Até novembro, o sistema elétrico ucraniano será completamente destruído se não for disponibilizada uma maior capacidade de defesa aérea”, lembrou Josep Borrell, Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, desvalorizando o que está a acontecer no outro lado do Atlântico.

“Trump vê claramente a Ucrânia como uma questão que deve ser tratada pelos europeus. Ele basicamente declarou no debate presidencial, há algumas semanas, que há um oceano entre os Estados Unidos e a Europa, e a Ucrânia deve ser responsabilidade dos líderes europeus", lembrou Sudha.

Assim a continuação dos acordos sobre a Ucrânia são de facto uma preocupação para os líderes europeus. "Penso que a maioria dos responsáveis europeus percebe que futuramente a defesa da Ucrânia e também a sua reconstrução, poderá estar apenas nas suas mãos”, alerta.

Também o conflito no Médio Oriente e a situação de Gaza serão temas sobre os quais Kamala Harris se poderá diferenciar.

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