O ingrediente "fundamental" de João Vieira em Doha

O ingrediente "fundamental" de João Vieira em Doha
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De  Rodrigo Barbosa com LUSA
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Bom resultado do atleta português nos Mundiais de Atletismo foi em grande parte devido a aclimatação em câmara térmica da Universidade de Coimbra

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Vice-campeão do mundo aos 43 anos, ao conquistar a medalha de prata nos 50km marcha nos Mundiais de Atletismo em Doha, no Qatar, João Vieira contou com um elemento fundamental para o sucesso. O seu melhor resultado de sempre numa competição mundial foi, em grande parte, devido aos treinos realizados numa câmara térmica.

João Vieira: "Doha era um clima bastante adverso para todos os atletas e, por isso, junto com a minha treinadora, decidimos fazer, com a ajuda do professor Amândio, aclimatação nesta sala, que nós achamos que foi fundamental para a minha preparação, para poder enfrentar a dura competição de 50 quilómetros em Doha".

A câmara pertence ao Laboratório de Aerodinâmica Industrial da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra e a utilização foi coordenada pelo fisiologista e investigador Amândio Santos.

Amândio Santos: "Esta câmara permite fazer um processo de aclimatação. O que é isso da aclimatação? É a adaptação do organismo a condições climáticas adversas. [...] O facto do organismo estar aclimatado, torna-se muito mais eficiente. Toda a energia que o João Vieira tinha disponível para a prova era necessária. [...] A câmara o que veio fazer foi ajudá-lo a conhecer-se melhor e a poupar energia na fase inicial. Ele é também um atleta com muita experiência e isso tudo junto ajudou a que obtivessemos um resultado muito interessante."

Em Doha, o marchador português tornou-se também no mais velho desportista a conquistar uma medalha numa competição mundial de atletismo. Para os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020, vai voltar a recorrer à câmara térmica.

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