Empresas adaptam-se às novas regras do "open space"

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De  Ricardo Figueira
Empresas adaptam-se às novas regras do "open space"
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Se há uma coisa que quem trabalha em open space notou durante a epidemia é que cada metro quadrado conta.

Nesta empresa perto de Lyon, em França, quando os 15 funcionários estavam em teletrabalho durante o confinamento, o espaço era mais do que suficiente. Mas agora que estão de volta ao trabalho, os escritórios tiveram de ser reorganizados com espaços limitados de 5 metros quadrados e divisórias de plexiglás para manter o distanciamento social. Espaços abertos, mas cada vez mais fechados.

Para esta empresa, que vende materiais para piscinas, é época alta. E, em termos de produtividade, o teletrabalho mostrou alguns limites.

"Quinze pessoas, cada uma na sua casa. Não é a mesma força de trabalho, há uma perda em termos de cadeias de decisão, são as chamadas telefónicas, os e-mails, não há reatividade. É importante mostrarmos a adesão a um projeto e isso sente-se mais quando trabalhamos juntos", explica Jérôme Chabaudie, presidente da Aello.

Após dois meses de confinamento, a nova organização do espaço de trabalho traz de volta algumas vantagens para as empresas. Este equipamento de proteção tornou-se uma importante fonte de procura para algumas empresas.

A algumas dezenas de quilómetros, é aqui que são fabricadas as divisórias. Esta empresa francesa especializada em mobiliário de escritório viu a carteira de encomendas disparar a partir do final de abril. Os clientes são grandes grupos, concessionários de automóveis e pequenas lojas. Ao adaptar a ferramenta de fabrico, o volume de negócios da empresa mais do que triplicou.

Joktan Courbis, co-presidente da Office Concept, explica: "Podemos dizer que esta é uma oportunidade, mas algures foi uma vontade da nossa parte de fazer algo pelo país".

A empresa não vai deixar de fabricar estas divisórias tão cedo, uma vez que o desconfinamento é muito progressivo e milhões de empregados continuam a trabalhar a partir de casa.