As autoridades russas continuam a repressão sobre o movimento em torno do opositor.
Em mais um dia de protestos, por toda a Rússia, pedindo a libertação de Alexei Navalny, líder da oposição a Vladimir Putin, a polícia está a mostrar punho de ferro, tal como tinha já demonstrado há uma semana. Ainda durante a manhã, tinham já sido feitas mais de mil detenções, segundo o site da OVD, uma organização não-governamental que monitoriza as detenções e os abusos policiais na Rússia.
As manifestações do último fim de semana, que percorreram cerca de cem cidades por todo o país, foram as maiores a que a Rússia assistiu nos últimos anos e acabaram com mais de quatro mil detenções, incluindo da mulher de Navalny. Os protestos deste fim de semana parecem ir pelo mesmo caminho... só em Vladivostok, no extremo oriente da Rússia, foram detidas mais de cem pessoas. Em Mosvovo, a polícia montou uma operação de segurança máxima, com várias estações de metro fechadas.
Navalny foi detido à chegada a Moscovo, depois de uma estadia de cinco meses na Alemanha, onde foi tratado de um envenenamento com Novichock, pelo qual acusa diretamente o governo de Vladimir Putin. Enfrenta julgamento por quebra da liberdade condicional, já que tinha sido condenado num anterior processo. Publicou ainda um vídeo sobre um suposto palácio de Putin no Mar Negro, com o qual o presidente russo garante não ter qualquer relação.