Líder de golpe militar do Burkina Faso não se compromete com eleições

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Direitos de autor Sophie Garcia/Copyright 2020 The Associated Press. All rights reserved.
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De  Euronews com LUSA
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Paul-Henri Damiba dirigiu-se pela primeira vez à nação para apelar ao apoio da comunidade internacional, mas não fez qualquer menção à reposição da ordem constitucional.

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O líder do golpe militar que no passado domingo derrubou o governo democrático do Burkina Faso dirigiu-se pela primeira vez à nação.

Paul-Henri Damiba diz estar em conversações com "personalidades do regime cessante" e apelou à comunidade internacional para que apoie o país a sair da crise. O tenente-coronel não se comprometeu no entanto com uma data para futuras eleições e reposição da ordem constitucional.

O Presidente Roch Marc Christian Kaboré foi derrubado por um corpo militar liderado pelo tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba, que lidera agora o chamado Movimento Patriótico para a Salvaguarda e Restauração (MPSR).

O chefe de Estado destituído mantém-se sob custódia do exército, mas "está fisicamente bem", informou um elemento do seu partido, dois dias após o golpe militar que o derrubou. 

O MPSR começou por anunciar a dissolução ou suspensão das instituições da República, bem como o encerramento das fronteiras aéreas do Burkina Faso, mas estas foram reabertas logo na terça-feira, tal como as fronteiras terrestres para certos produtos, o que parece indicar que a junta militar no poder não tem medo de um "contra-ataque" e está a controlar os vários corpos do exército.

O golpe no Burkina Faso, que sucede aos golpes no Mali e na Guiné-Conacri, foi condenado pela comunidade internacional, que exige a "libertação imediata" do presidente derrubado.

O alto representante da União Europeia para a Política Externa, Josep Borrell, advertiu esta terça-feira que "se a ordem constitucional não for restaurada", haverá "consequências imediatas na parceria [europeia] com o país".

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