A Rússia mostra imagens e acusa as forças ucranianas de visarem deliberadamente o hospital de Novoiadar, tendo matado 14 pessoas e deixado 24 feridas
O canal Telegram do governo separatista apoiado por Moscovo, da região oriental ucraniana de Luhansk, publicou imagens da alegada destruição do hospital na cidade de Novoaidar.
No sábado, o Ministério da Defesa da Rússia acusou o exército ucraniano de atacar um hospital, deixando 14 mortos e ferindo outros 24, alegando que as forças ucranianas utilizaram foguetes HIMARS de fabrico norte-americano para atingir um hospital na cidade ucraniana, em território controlado pela Rússia.
A televisão estatal russa mostrou no domingo de manhã um edifício hospitalar de dois andares destruído, dizendo que os foguetes atingiram a ala pediátrica do edifício.
O Ministério da Defesa russo alega que o hospital foi deliberadamente visado, naquilo que descreve como uma missão de combate de "lançadores de granadas do Distrito Militar Ocidental para destruir veículos blindados inimigos na área de uma operação militar especial".
“Um ataque de mísseis deliberado contra uma instalação médica civil em funcionamento é, sem dúvida, um grave crime de guerra do regime de Kiev”, afirmou o Ministério da Defesa russo.
“Todos os envolvidos no planeamento e execução deste crime serão encontrados e responsabilizados", refere a mesma fonte.
A Ucrânia não reagiu ainda a estas acusações.
Novoiadar é uma pequena localidade de menos de 8 mil habitantes, no extremo oriental da Ucrânia.
Kiev e os aliados ocidentais têm acusado frequentemente as forças russas de crimes de guerra desde que o conflito teve início com a invasão russa da Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022.
Entretanto, a artilharia russa aumentou os seus ataques na região de Zaporíjia nas últimas 48 horas, incluindo áreas civis, fazendo crescer os receios de uma catástrofe nuclear se a central nuclear - a maior da Europa - for atingida.
Os projéteis lançados em território ucraniano incluem mísseis convencionais, projéteis de artilharia convencionais e os chamados mísseis suicidas.