Eleições antecipadas devem realizar-se no outono.
O governo dos Países Baixos, formado há 18 meses, foi desfeito na sexta-feira por falta de consenso sobre a política de acolhimento de refugiados.
O primeiro-ministro Mark Rutte já apresentou a renúncia ao rei. O executivo vai permanecer em funções até que seja escolhido um novo governo, nas eleições antecipadas que devem realizar-se no outono.
A migração e outras questões políticas importantes como a energia, as alterações climáticas ou os problemas da habitação, mostram as profundas diferenças que existem na coligação governamental formada por quatro partidos.
O principal motivo para o colapso terá sido a decisão do partido de Rutte, o Liberdade e Democracia de impor limites à entrada de estrangeiros. Outro ponto de discórdia, segundo os meios de comunicação social, prende-se com a proposta de limitar a entrada dos filhos dos refugiados de guerra que já se encontram no país e de obrigar as famílias a esperar pelo menos dois anos antes de se poderem encontrar.
Os centros de acolhimento de migrantes sobrelotados e investigações sobre alegadas ligações de migrantes com grupos terroristas alimentaram discussões no governo sobre o controlo dos requerentes de asilo. O Liberdade e Democracia defende controlos mais rigorosos, mas dois partidos da coligação, a União Cristã e o partido progressista D66, estão contra.