Em 2008, o exército russo tomou parte do território georgiano, que mantém até aos dias de hoje. Bruxelas condena ocupação de Moscovo.
A União Europeia (UE) reafirmou o apoio à independência da Geórgia, 15 anos após a guerra com a Rússia.
O país, invadido em 2008, viu o exército ser derrotado em cinco dias, pelas forças de Moscovo, que, ainda hoje, ocupam um quinto do território.
"Ainda não consigo tirar essas imagens da cabeça"
A 07 de agosto desse ano, a unidade de Berdia Zazadze respondeu aos ocupantes com artilharia. Durante um dos confrontos, os militares foram cercados pelos russos.
O soldado regressou sozinho à frente para ajudar um dos seus camaradas feridos. Pela sua bravura, recebeu uma das mais altas condecorações militares da Geórgia, a Ordem de Vakhtang Gorgasal, que mais tarde ofereceu à família de um soldado georgiano que morreu a lutar pela Ucrânia.
"Ainda não consigo tirar essas imagens da minha cabeça, tudo o que aconteceu ali, todos os soldados e civis que morreram", conta o antigo soldado.
Bruxelas por perto
Bruxelas também condena a presença militar russa em Abkházia e na Ossétia do Sul. A União Europeia defende que, nas duas regiões separatistas, Moscovo está a violar o direito internacional e os compromissos assumidos em agosto de 2008 para pôr termo ao conflito , que teve a mediação da UE.
De fora do bloco comunitário europeu e da NATO, a Geórgia tem, ao longo dos últimos anos feito esforços no sentido de integrar as organizações ocidentais.
Desde 2021, Berdia Zazadze deixou de servir no exército. Vive na região de Tskhinvali, numa aldeia vizinha do território ocupado pela Rússia, com a mulher e os filhos.