Dezenas de refugiados étnicos arménios de Nagorno-Karabakh estão a chegar à Arménia pela primeira vez desde que o Azerbaijão lançou ofensiva.
Refugiados étnicos arménios de Nagorno-Karabakh estão a chegar à Arménia pela primeira vez desde que o Azerbaijão lançou uma ofensiva para assumir o controlo do território separatista.
Algumas dezenas de residentes, principalmente mulheres, crianças e idosos, chegaram ao centro de acolhimento criado pelo governo arménio.
"Hoje partimos. Disseram-nos: ou vão embora ou aceitam passaportes do Azerbaijão. Não somos o tipo de pessoa que aceita passaportes do Azerbaijão," explica um refugiado.
Milhares de pessoas foram retiradas de vilas e aldeias afetadas pelos últimos combates e levadas para um acampamento de forças de manutenção da paz russas em Nagorno-Karabakh, antes de seguirem para a Arménia.
"Foi um pesadelo. Não há palavras para descrever. A aldeia foi fortemente bombardeada. Quase não sobrou ninguém na aldeia. A maioria das pessoas foi retirada. Agora estamos aqui, graças a Deus,” revela uma refugiada.
O Azerbaijão retomou a área habitada por cerca de 120.000 arménios e diz que quer reintegra-los como “cidadãos iguais”.
As tropas do Azerbaijão dizem que estão a conduzir um processo de desmilitarização.
“O que as Forças Armadas estão a fazer agora? É uma cooperação estreita com as forças de manutenção da paz russas para conduzir a desmilitarização e também o apoio aos civis, aqueles que precisam de apoio,” afirma o porta-voz militar do Azerbaijão,Anar Eyvazov.
Líderes étnicos arménios disseram que estão em conversações, mediadas pela Rússia, com o Azerbaijão para organizar o processo de retirada e o regresso dos civis deslocados pelos combates.