Três pessoas morreram em bombardeamentos a Kherson. Bruxelas vai atrás dos diamantes e petróleo russos, no próximo pacote de sanções a Moscovo.
Três pessoas morreram e mais de uma dezena ficaram feridas na sequência de um bombardeamento russo ter atingido, esta segunda-feira, um hospital e várias casas na cidade de Kherson, no sul da Ucrânia.
Com o inverno à porta e a perspetiva de mais bombardeamentos, Kiev começa já em dezembro as negociações para a adesão à União Europeia. O ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, apelou a um aumento da ajuda militar e maior celeridade na implementação do 12.° pacote de sanções à Rússia.
Bruxelas diz estar a preparar os "últimos pormenores" de uma proposta, que pretende penalizar a exportação de diamantes e voltar a restringir o limite do preço do petróleo russo.
Também a Alemanha respondeu ao apelo com a promessa de um aumento da ajuda, que, de acordo com a ministra dos Negócios Estrangeiros, Annalena Baerbock, será "massivamente alargada".
O apoio da União Europeia à Ucrânia pode, no entanto, vir a ser comprometida por Budapeste. A Hungria já afirmou a intenção de bloquear a próxima tranche de ajuda militar.
Segundo o governo de Viktor Orbán o financiamento de armas para a Ucrânia estará de fora da mesa até Kiev retirar o OTP, o maior banco húngaro, e outras firmas do país da lista negra de empresas que apoiam a Rússia e estão submetidas a sanções.
A Hungria está a preparar a presidência rotativa da União Europeia (UE), prevista para o segundo semestre de 2024, apesar da oposição do Parlamento Europeu.