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Tusk nomeia comissão para investigar influência russa e bielorrussa após detenções de espiões

Donald Tusk, primeiro-ministro da Polónia
Donald Tusk, primeiro-ministro da Polónia Direitos de autor Andrew Harnik/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
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De  Euronews
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Desde o fim de semana, Polónia já deteve 12 pessoas suspeitas de atos de sabotagem orquestrados pela Rússia e Bielorrússia. Primeiro-ministro quer investigação sobre influência dos dois países em território polaco nos últimos 20 anos.

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Nos últimos dias, a Polónia deteve pelo menos 12 pessoas suspeitas de participarem em atos de sabotagem orquestrados pela Rússia e Bielorrússia. O primeiro-ministro, Donald Tusk, anunciou na terça-feira, em conferência de imprensa, que vai instituir uma comissão com o objetivo de investigar a influência russa e bielorrussa na Polónia, e que deverá debruçar-se sobre o período entre 2004 e 2024. O organismo deverá apresentar um relatório com as conclusões no próximo verão. 

No sábado passado, o primeiro-ministro polaco já tinha anunciado um investimento superior a dois mil milhões de euros para reforçar a segurança na fronteira com a Rússia e a sua aliada Bielorrússia, perante a campanha de Moscovo para desestabilizar o país.

A comissão que Tusk decidiu agora nomear será liderada pelo general Jaroslaw Strozyk, líder do serviço de informação militar da Polónia, e será constituída por nove a 13 membros, que serão escolhidos por recomendação dos ministérios do Interior, Defesa e Negócios Estrangeiros.

A decisão de instituir a comissão foi polémica na Polónia, uma vez que o organismo para investigar a influência russa tinha sido formado inicialmente pelo antigo governo polaco, liderado pelos nacionalistas do partido Lei e Justiça. Na altura, a Coligação Cívica (KO) de Donald Tusk condenou a medida, considerando-a um veículo para "caça às bruxas", uma vez que a comissão tinha poderes para retirar um político do cargo.

Pressão migratória vinda da Rússia

"Hoje, recebemos a confirmação de que a pressão na fronteira oriental da Polónia não é uma migração espontânea de pessoas que fogem de diferentes países. Atualmente, estes dados são muito preocupantes. Mais de 90% das pessoas que atravessam ilegalmente a fronteira polaca são pessoas com vistos russos", revelou ainda Tusk na terça-feira, citado pela AP. "A Rússia juntou milhares de migrantes. Foram localizados vários locais de concentração na Rússia para grupos organizados de migrantes que são depois transportados para a Bielorrússia. Estamos a falar de milhares de pessoas", acrescentou o primeiro-ministro polaco esta terça-feira.

Na segunda-feira, Tusk tinha revelado ao canal de televisão polaco TVN24 que nove pessoas tinham sido detidas por suspeitas de terem cometido atos de sabotagem sob as ordens de autoridades russas, nomeadamente espancamentos e fogo posto. São cidadãos ucranianos, bielorrussos e polacos e o primeiro-ministro sugeriu mesmo que poderão ter sido recrutados de grupos criminosos também para serem espiões. Os planos de sabotagem não se limitavam à Polónia e poderão ter visado outros países, nomeadamente a Lituânia, Letónia e Suécia.

Na terça-feira, o primeiro-ministro polaco acrescentou que mais três pessoas tinham sido detidas durante a noite, sob suspeita de serem "agentes russos".

Tusk admitiu mesmo que os detidos nos últimos dias poderão ter estado por trás do incêndio que consumiu um centro comercial em Varsóvia, já este mês.

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