No mesmo dia em que Netanyahu dissolveu o gabinete de guerra, milhares de israelitas reuniram-se em protestos para exigir eleições e a libertação dos reféns.
Os protestos contra o governo de Benjamin Netanyahu em Jerusalém prosseguem com os manifestantes a exigirem eleições antecipadas e um acordo para trazer para casa os reféns israelitas que permanecem em cativeiro em Gaza.
De acordo com a imprensa local, 100 mil pessoas mobilizaram-se perto da casa do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, com o protesto a ser marcado por confrontos entre a polícia e manifestantes.
Mais de 100 reféns foram libertados durante um cessar-fogo de uma semana entre Israel e o Hamas em novembro do ano passado, mas desde então os acordos para tréguas humanitárias não têm surtido efeito.
Na segunda-feira o primeiro-ministro israelita decidiu dissolver o gabinete de guerra, após a saída de Benny Gantz, ex-chefe militar que discordou da forma como Netanyahu está a gerir a guerra com o Hamas.
Gadi Eisenkot, ex-chefe do exército israelita, também abandonou o gabinete de guerra devido a divergências com o primeiro-ministro.
Estas movimentações deixaram Netanyahu mais dependente dos seus aliados ultranacionalistas, que se opõem a um cessar-fogo, algo que, por sua vez, poderá representar um desafio adicional às negociações já frágeis para acabar com a guerra de oito meses em Gaza.