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Tribunal proíbe israelitas de participarem em exposição de armas em Paris

A Eurosatory começou esta segunda-feira, em Paris, e vai decorrer até sábado.
A Eurosatory começou esta segunda-feira, em Paris, e vai decorrer até sábado. Direitos de autor Michel Euler/Copyright 2022 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Michel Euler/Copyright 2022 The AP. All rights reserved
De  Euronews
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O Ministério de Defesa de França já tinha pedido o cancelamento do pavillhão israelita, mas agora um tribunal proibiu também a entrada de nacionais deste país, porque podem servir de intermediários.

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Israel foi impedido de participar da edição deste ano do salão internacional de defesa de Paris, a Eurosatory, a maior exposição de armas de defesa e segurança do mundo. A decisão de excluir todos os participantes israelitas foi tomada no sábado por um tribunal francês.

O tribunal de Bobigny baseou-se na possibilidade de os participantes israelitas poderem atuar como intermediários para empresas do país. O tribunal pediu ainda à organização para afixar esta decisão nas entradas no Centro de Exposições de Villepint, onde se realiza o evento.

A organização do Eurosatory 2024 tinha indicado que os cidadãos israelitas poderiam entrar na feira. Isto apesar de, em maio, o Ministério da Defesa de França ter proibido as empresas isrealitas de participarem.

Antes a justiça francesa já tinha decidido a favor de várias organizações não-governamentais – incluindo a Associação de Solidariedade França Palestina, a Attac e a Stop Arming Israel – que pediram que as empresas, funcionário e participantes israelitas fossem impedidos de participar. No entanto, uma organização pró-Palestina contestou a decisão, argumentando que não garantia a ausência de israelitas no evento.

A COGES Events, que organiza a Eurosatory, disse que iria recorrer desta última decisão judicial o mais rapidamente possível. Isto apesar de a feira já ter começado esta segunda-feira.

Rússia também não participa

Inicialmente, 74 empresas israelitas planeavam mostrar os seus produtos num pavilhão próprio desta feira, no norte de Paris.

“Esta é uma exposição muito importante na Europa, talvez a mais importante, e há anos que expomos lá regularmente”, lamentou Elik Cohen, vice-presidente de vendas da Cylinx, uma empresa israelita de comunicação para agências de segurança.

“O principal problema não é a nossa ausência na exposição, porque há outras exposições, mas sim o facto de nos termos preparado, antes de sermos impedidos de participar em cima da hora”, acrescentou.

No mês passado, o Ministério da Defesa francês pediu à COGES Events que impedisse a indústria de defesa israelita de montar o pavilhão na feira. O ministério tomou esta decisão no seguimento do apelo do presidente francês Emmanuel Macron para o fim das operações militares de Israel em Rafah, depois de a força área israelita ter bombardeado um campo de refugiados, matando cerca de 50 pessoas.

Para além de Israel, também a Rússia e a Bielorrússia estao fora do evento.

A Eurosatory foi fundada em 1967. A edição deste ano vai decorrer até este sábado e deve atrair 1.700 empresas e 60.000 participantes de 150 países.

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