NewsletterBoletim informativoEventsEventosPodcasts
Loader
Encontra-nos
PUBLICIDADE

Número de mortos aumenta com vagas de calor. Será este o verão mais quente da Europa?

Turistas passeiam no centro da capital cipriota Nicósia
Turistas passeiam no centro da capital cipriota Nicósia Direitos de autor Petros Karadjias/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Petros Karadjias/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
De  Euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

Na semana passada, muitas cidades registaram temperaturas de 40ºC ou mais, devido ao ar quente que soprou do Norte de África.

PUBLICIDADE

As vagas de calor em Chipre e na Grécia causaram a morte de várias pessoas. Ao mesmo tempo, a Turquia está a lutar contra os incêndios florestais, com as temperaturas a ultrapassarem de novo os 40ºC.

Vários países da Europa foram afetados por esta onda de calor devido ao ar quente que soprou do norte de África. Os meteorologistas dizem que esta pode ser uma antevisão do ainda está para vir este verão e que esta vaga de calor vai "ficar na história"

Uma análise da Climate Central, organização sem fins lucrativos, afirma que o calor extremo tornou-se cinco vezes mais provável devido às alterações climáticas, tendo pelo menos 290 milhões de pessoas sofrido com condições de calor invulgares.

A Europa é o continente que regista o aquecimento mais rápido do mundo, de acordo com a análise do Serviço de Alterações Climáticas Copernicus (C3S) da UE.

O Serviço Copernicus para as Alterações Climáticas (C3S) afirmou ainda que em julho, agosto e setembro as temperaturas deverão ser, também, mais quentes do que a média.

Estes períodos de calor extremo também estão a ter um grande impacto na saúde. Um relatório conjunto da Organização Meteorológica Mundial das Nações Unidas e do C3S, publicado no início deste ano, concluiu que, nos últimos 20 anos, as mortes relacionadas com as vagas de calor aumentaram 30% na Europa.

Ondas de calor na Grécia tornam-se mortais para os turistas

A primeira vaga de calor do verão na Grécia levou ao encerramento da Acrópole aos turistas, ao fecho das escolas e ao destacamento de médicos em Atenas.

Pelo menos cinco turistas, incluindo o apresentador da televisão britânica Michael Mosley, morreram na Grécia nas últimas semanas.

Um turista norte-americano desaparecido foi encontrado morto na praia de uma pequena ilha a oeste de Corfu no domingo, de acordo com a imprensa local. No sábado, os restos mortais de um turista holandês foram encontrados na ilha grega de Samos, no leste do país. Estes são apenas os mais recentes casos de turistas que desapareceram ou adoeceram depois de fazerem caminhadas sob o calor extremo.

As temperaturas ultrapassaram os 40ºC em algumas zonas do país, com Creta a atingir 44,5ºC e a península do Peloponeso a atingir 43,9ºC, de acordo com o site do Observatório Nacional de Atenas. Atenas atingiu os 42ºC e foram emitidos avisos de perigo para a saúde.

Até hoje, a mais longa vaga de calor registada na Grécia foi em julho do ano passado, com temperaturas elevadas que duraram 16 dias.

De acordo com alguns especialistas, as vagas de calor estão a chegar mais cedo ao país. "Nunca tivemos uma onda de calor antes de 19 de junho. Já tivemos várias no século XXI, mas nenhuma antes de 15 de junho", diz o meteorologista Panos Giannopoulos ao canal de televisão estatal grego ERT.

O calor extremo começou agora a abrandar em todo o país, regressando à média de cerca de 31ºC a 33ºC para esta altura do ano.

Duas vítimas mortais de insolação em Chipre

Também em Chipre houve vítimas devido ao calor extremo. Segundo a imprensa local, um idoso morreu de insolação e outros três estão em estado grave e os hospitais enchem-se de casos de exaustão pelo calor.

O país emitiu o seu primeiro alerta vermelho na sexta-feira, quando algumas zonas atingiram 45ºC - 10ºC acima da média para esta época do ano, estabelecendo o recorde do dia de junho mais quente de sempre. O trabalho pesado e moderado ao ar livre foi suspenso pela Autoridade do Trabalho.

PUBLICIDADE

Após as críticas sobre falta de sistemas de refrigeração nas escolas, também as aulas foram interrompidas para as crianças mais pequenas.

A vida também não tem sido facilitada para os bombeiros que combatem os incêndios florestais que têm deflagrado. Na zona montanhosa a sudoeste da capital o vento forte tem dificultado a missão destes profissionais. Arderam mais de 3,2 quilómetros quadrados de floresta.

Turquia é atingida por temperaturas extremas e incêndios

Na semana passada, as temperaturas na Turquia foram cerca de 8 a 12ºC mais elevadas do que a média da estação. As temperaturas máximas atingiram 40°C, ou mais, em muitas cidades.

Em Istambul, foram emitidos avisos aos grupos vulneráveis, como os idosos, os doentes, as mulheres grávidas e as crianças, contra a exposição prolongada ao sol. Os elevados níveis de humidade também constituíram um desafio para quem tentava refrescar-se.

PUBLICIDADE

Os incêndios florestais também têm sido uma preocupação, com os bombeiros a lutarem para os manter sob controlo utilizando meios aéreos.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

"Verdadeiramente espantoso": Terra registou o dia mais quente de sempre depois de meses de calor sem igual

Balcãs: autoridades pedem precauções à população perante temperaturas de 40 graus

Sul da Europa está a sofrer onda de calor. Termómetros chegam aos 40 graus