Calviño diz que BEI quer captar mais privados para transição ecológica

 Nadia Calviño foi, até dezembro passado, vice-primeira-ministra de Espanha
Nadia Calviño foi, até dezembro passado, vice-primeira-ministra de Espanha Direitos de autor euronews
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De  Stefan Grobe
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A transição ecológica pode estar em risco se não houver investimento privado, alertou a presidente do Banco Europeu de Investimento (BEI), Nadia Calviño, em entrevista à euronews.

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Até há poucas semanas vice-primeira-ministra espanhola, com a pasta da Economia, Nadia Calviño disse que o BEI vai ajudar a criar confiança entre os investidores para projetos em domínios tais como o hidrogénio verde e fábricas de baterias.

"No contexto de abrandamento da atividade económica e de subida das taxas de juro, é evidente que as empresas têm de pensar duas vezes antes de realizar alguns dos investimentos necessários. A elevada incerteza e a tensão geopolítica também estão a limitar a apetência das empresas pelo risco. É por isso que o BEI tem um papel importante na redução do risco dos investimentos", explicou.

Há várias semanas que milhares de agricultores protestam em vários países da União Europeia e uma das suas exigências é a simplificação de regras do Pacto Ecológico Europeu.

Precisamos que os cidadãos tenham acesso a tecnologias ecológicas a preços acessíveis, se queremos que o processo seja um sucesso. Há desafios, mas também há oportunidades.
Nadia Calviño
Presidente, Banco Europeu de Investimento

A líder do BEI considera que a instituição deve ajudar todos os agentes económicos e sociais na transição ecológica: "Temos de apoiar o sector agrícola na realização dos investimentos necessários". 

"Precisamos de apoiar a indústria pesada a fazer estes ajustamentos. Precisamos que os cidadãos tenham acesso a tecnologias ecológicas a preços acessíveis, se queremos que o processo seja um sucesso. Há desafios, mas também há oportunidades", acrescentou.

O BEI assegura que o número de empresas que investem na eficiência energética está a aumentar acentuadamente.

O banco pretende, ainda, desempenhar um papel fundamental na reconstrução da Ucrânia, tendo até agora investido dois mil milhões de euros no país devastado pela guerra.

(Veja a entrevista na íntegra no programa The Global Conversation)

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