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Eleições europeias: extrema-direita com forte presença nas redes sociais para convencer os jovens

Captura de tela com os candidatos dos partidos populistas de três países europeus
Captura de tela com os candidatos dos partidos populistas de três países europeus Direitos de autor Euronews
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Os partidos mais conservadores estão a capitalizar o voto dos jovens através de redes sociais como o TikTok ou Instagram.

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Os partidos políticos estão a tentar conquistar o voto dos jovens no período que antecede as eleições europeias. A extrema-direita, em particular, está a conquistar esta parte do eleitorado, tirando partido da sua desilusão com os partidos tradicionais.

Tom Vandendriessche, eurodeputado belga do partido de extrema-direita Vlaams Belang, disse à Euronews que os jovens não têm confiança no futuro nem na política.

De acordo com o eurodeputado, a falta de confiança do eleitorado mais jovem deve-se aos “democratas-cristãos, sociais-democratas e liberais que nos governaram durante décadas e nos meteram nesta confusão de fronteiras descontroladas, migração em massa, insegurança e terrorismo islâmico”.

A “guerra política” das redes sociais

A ferramenta preferida para atrair a atenção dos jovens são claramente as redes sociais. A mais popular é o TikTok, apesar das restrições que tem enfrentado nas instituições europeias.

Os membros do Vlaams Belang publicam constantemente conteúdos nas suas redes sociais e investem fortemente em convencer os jovens com menos de 30 anos. Uma estratégia semelhante à seguida por outros grupos políticos, como o Chega em Portugal ou o VOX em Espanha.

Como é que os líderes da extrema-direita europeia utilizam as redes sociais?

Matteo Salvini (Itália), André Ventura (Portugal) e Jordan Bardella (França) publicam regularmente vídeos curtos nos seus perfis pessoais do TikTok, o formato mais recompensado pelo algoritmo da plataforma chinesa.

Nateo Carnot é um jovem belga de 16 anos que vai votar pela primeira vez nestas eleições europeias. Confessa-se desiludido com os políticos e tem a impressão de que o seu voto não servirá de muito.

“Penso que continua a haver falta de interesse entre os jovens, porque vemos a política como algo que vem de cima, homens engravatados, em grandes carros que não nos ouvem”, disse à Euronews.

Carnot reconhece que sim, que existe “um desinteresse porque temos medo de que, façamos o que fizermos, nada vai mudar, não nos vão ouvir”, lamenta.

Quais são as preocupações dos jovens?

De acordo com a sondagem exclusiva realizada pela Ipsos para a Euronews, o combate à subida dos preços, a redução das desigualdades sociais e do desemprego, o apoio ao crescimento económico e a luta contra as alterações climáticas são as prioridades da maioria dos jovens.

Apesar da insatisfação desta parte da população, as eleições europeias de 2019 registaram uma participação recorde precisamente devido ao voto dos mais jovens. 67% dos jovens entre os 18 e os 29 anos acreditam que a adesão à UE é benéfica.

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