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Fraca afluência às urnas é receio em Itália face ao crescente distanciamento da UE

Vitória do Fratelli d'Italia poderá fortalecer poder de Giorgia Meloni tanto a nível nacional como na Europa
Vitória do Fratelli d'Italia poderá fortalecer poder de Giorgia Meloni tanto a nível nacional como na Europa Direitos de autor Vlasov Sulaj/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
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De  Giorgia OrlandiEuronews
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Eleições europeias serão o primeiro teste político ao governo de direita italiano liderado por Giorgia Meloni.

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Cerca de 47 milhões de italianos podem votar nas eleições europeias no próximo sábado e domingo para escolher 76 membros do Parlamento Europeu. Além disso, quase metade dos municípios de Itália vão às urnas para as eleições locais.

Com mais em jogo, a votação deste ano é crucial. Irá moldar o futuro da Europa num dos momentos mais críticos da história da União Europeia e será o primeiro teste político ao governo de direita italiano.

A participação eleitoral, que atingiu mínimos históricos de 54% em 2019, há muito que prejudica as eleições da UE em Itália, e o crescente descontentamento em relação à política europeia também teve impacto.

Além dos eleitores, alguns analistas argumentam que a campanha eleitoral se concentra muito em questões domésticas, fazendo com que alguns percam o interesse.

"Estamos a passar por uma grande transição. É um momento crítico com muitas coisas a acontecer simultaneamente. Eventos dramáticos e inesperados ocorrem diariamente. É por isso que me preocupo verdadeiramente com o facto de a Europa, em que acredito muito, estar em posição de responder a todos estes apelos. O que está a ser decidido na Europa tem um grande impacto na minha vida e na vida dos outros", diz uma eleitora italiana à Euronews.

"Em quem devemos votar? Não sinto que esteja a ser representado de forma alguma. Poderia decidir ir às urnas no último minuto apenas por responsabilidade e porque me sentiria culpado se não o fizesse. Mas não tenho muita certeza", comenta outro eleitor italiano.

"Eu não me sinto representado por nenhum dos candidatos. Tudo o que eles fazem é falar, mas sem factos concretos", critica outro italiano à conversa com a Euronews nas ruas de Roma.

Entre os eleitores com menos de 35 anos, a situação é muito mais polarizada. Aqueles que dizem que vão às urnas consideram as eleições da UE tão importantes como as eleições gerais.

"A maioria das políticas europeias olha principalmente para o futuro e não para o presente. Então têm que fazer mais para as gerações mais jovens do que os cidadãos comuns. É por isso que é importante para nós ir às urnas. O problema que enfrentamos hoje é que a política muitas vezes fala mais aos adultos do que aos jovens. Além disso, não há clareza suficiente sobre como as instituições realmente funcionam", defende um jovem eleitor.

As últimas sondagens sugerem que o Partido Democrático - principal partido de oposição da Itália - poderá conseguir alguns ganhos, mas será o Fratelli d'Italia a afirmar-se como principal força política.

Se este cenário vier a confirmar-se, isso poderá fortalecer o poder de Giorgia Meloni tanto a nível nacional como na Europa, reforçando-a como uma figura decisiva da direita na UE.

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