Trump diz que as embaixadas dos EUA vão dar prioridade nas marcações de visto a quem tenha bilhetes para o Mundial de 2026.
Adeptos de futebol que viajem para os EUA para o Mundial de 2026 podem ver a marcação da entrevista de visto acelerada graças a uma iniciativa agora anunciada.
Falando na Casa Branca esta semana, o presidente dos EUA, Donald Trump, revelou que as embaixadas norte‑americanas vão dar prioridade na marcação de entrevistas de visto a quem tenha adquirido bilhetes para jogos oficiais.
Designado Sistema de Agendamento Prioritário da FIFA, permitirá a milhões de titulares de bilhetes contornar longos tempos de espera para garantir que têm a documentação necessária para entrar no país.
Trump afirma que a medida faz parte dos esforços para tornar o Mundial de 2026, que decorre de 11 de junho a 19 de julho do próximo ano, um “sucesso sem precedentes”.
Passe FIFA
O presidente da FIFA, Gianni Infantino, disse aos jornalistas que entre cinco e dez milhões de adeptos de futebol vão rumar aos EUA para desfrutar do Mundial, onde decorrerá a maioria dos jogos.
Defende que o Passe FIFA permitirá a “adeptos legítimos” assistir ao Mundial “nas melhores condições”, a começar pela obtenção do visto e pela entrada no país.
O secretário de Estado norte‑americano, Marco Rubio, afirma que foram destacados mais de 400 funcionários consulares adicionais para tratar de pedidos de visto relacionados com o Mundial, e que, em “cerca de 80 por cento do mundo”, é possível obter uma marcação em 60 dias.
No entanto, há países com tempos de espera muito mais longos para vistos dos EUA. Por exemplo, dados do Departamento de Estado dos EUA indicam que viajantes da Colômbia estão atualmente a aguardar cerca de 11 meses por uma marcação de entrevista.
Países que podem usar o Passe FIFA
As autoridades ainda não confirmaram se o Passe FIFA pode ser obtido por cidadãos de países recentemente alvo de proibições ou restrições parciais de entrada nos EUA, na sequência das proibições de viagem impostas por Trump este ano.
Os 12 países visados incluem Afeganistão, Myanmar, Chade, República do Congo, Guiné Equatorial, Eritreia, Haiti, Irão, Líbia, Somália, Sudão e Iémen. Nacionais de Burundi, Cuba, Laos, Serra Leoa, Togo, Turquemenistão e Venezuela estão sujeitos a restrições parciais.
Nem todos os adeptos precisarão de visto para visitar os EUA no próximo ano. O programa de isenção de vistos dos EUA permite que cidadãos de 42 países viajem para os EUA por turismo ou negócios, por estadias de 90 dias ou menos, sem obter um visto. São estes:
- Andorra
- Austrália
- Áustria
- Bélgica
- Brunei
- Chile
- Croácia
- República Checa
- Dinamarca
- Estónia
- Finlândia
- França
- Alemanha
- Grécia
- Hungria
- Islândia
- Irlanda
- Israel
- Itália
- Japão
- Letónia
- Liechtenstein
- Lituânia
- Luxemburgo
- Malta
- Mónaco
- Países Baixos
- Nova Zelândia
- Noruega
- Polónia
- Portugal
- Catar
- São Marino
- Singapura
- Eslováquia
- Eslovénia
- Coreia do Sul
- Espanha
- Suécia
- Suíça
- Taiwan
- Reino Unido (cidadãos britânicos devem ter o direito irrestrito de residência permanente em Inglaterra, Escócia, País de Gales, Irlanda do Norte, Ilhas do Canal e Ilha de Man)
Não garante entrada nos EUA
Rubio avisou os potenciais viajantes de que um bilhete para o Mundial “não é um visto”.
“Não garante a entrada nos EUA”, acrescentou. “Vamos fazer a mesma verificação que qualquer outro obtém. A única diferença aqui é que passam à frente na fila.”