Universidade de Caracas ao abandono

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De  Teresa Bizarro com AP
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A maior e mais antiga universidade do país é Património Mundial da UNESCO e um espelho da crise que atravessa a Venezuela

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Mergulhada no silêncio, a Universidade Central da Venezuela já não é sequer uma sombra do que foi.Sem drenagem operacional, as grandes praças aprisionam a chuva em espelhos de água que refletem os graffiti nas paredes e a destruição generalizada na estrutura.

O edifício da maior e mais antiga universidade da Venezuela está um pouco como o país: abandonado e à mercê da boa vontade. O facto de ser Património classificado da UNESCO podia ser uma vantagem, mas tem-se revelado um obstáculo.

"A declaração de Património [pela UNESCO] tem sido uma maldição para a Universidade. Porque dizemos isto? Porque quando surgem iniciativas do corpo estudantil ou do sector privado para corrigir algumas coisas que podem ser resolvidas dentro da universidade, somos confrontados com barreiras burocráticas e um retumbante "não" do Conselho de Preservação e Desenvolvimento," desabafa José Luis García, estudante.

A cidade universitária de Caracas é uma das principais obras do arquitecto modernista Carlos Raul Villanueva. Foi declarada Património Mundial pela UNESCO em 2000. Abriga mais de 90 edifícios e obras de arte de artistas internacionais como o pintor e litógrafo húngaro Victor Vasarely e o escultor americano Alexander Calder.Perante a inércia das autoridades, um grupo de estudantes decidiu travar a degradação com as próprias mãos. 

"Temos de nos organizar para que não fique ao abandono. É evidente que não é o nosso trabalho. Como estudantes não devíamos tratar disto, mas se não o fizermos, ninguém o fará," exlica Cristian Carrasquel.

Desde o início da pandemia, os jovens têm organizado dezenas de actividades de limpeza e manutenção. Tentam travar a degradação de um património que é hoje um símbolo da crise que atravessa a Venezuela.

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