Governo do Cazaquistão anuncia ordem constitucional "largamente restabelecida"

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Ministério cazaque do Interior revela terem sido mortos 26 "criminosos armados" em tumultos. Oposição defende, no entanto, a proximidade do fim do regime.

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O ministério do Interior do Cazaquistão revelou, esta sexta-feira, que 26 "criminosos armados" foram mortos em tumultos. Ainda a lidar com recente onda de violência popular e instabilidade no país, o governo cazaque esforça-se para mostrar que o país está a regressar à normalidade. O presidente Kassym-Jomart Tokayev diz que a ordem constitucional foi "largamente restabelecida".

Quirguistão recebe cidadãos em fuga

Com aeroportos fechados e violentos tumultos a irromper no país, o Cazaquistão tem atualmente como única porta de saída, a entrada no Quirguistão.

A aparente calma na fronteira entre os dois vizinhos tem sido interrompida pela fuga à instabilidade. Para facilitar o processo, o governo quirguiz isentou cidadãos nacionais e estrangeiros de fazer um teste PCR para entrar no país.

Oposição espera "fim do regime"

Os tumultos desencadeados pelo aumento dos preços do gás liquefeito, um dos combustíveis mais utilizados nos transportes do Cazaquistão, fizeram tremer a presidência de Tokayev.

A recente onda de violência popular fez tremer a presidência de Tokayev. 

Apesar de o governo do Cazaquistão ter imposto, esta quinta-feira, limites no preço dos combustíveis durante seis meses, para a oposição, é o princípio do fim.

"Penso que este é o fim do regime, a questão é apenas quanto tempo vai demorar", afirma o ex-ministro da Energia e opositor Mukhtar Ablyazov.

A chegada à região de tropas russas, apresentada como uma missão de manutenção da paz, também não convence a oposição, que considera a intervenção uma "ocupação".

"O Nazarbayev pediu ajuda a Putin. Putin que quer reconstruir a antiga União Soviética, aproveitou-se da situação", defende o antigo ministro cazaque.

Nursultan Nazarbayev, o último líder comunista da era soviética, presidiu o Cazaquistão até 2019 e mantinha a liderança do Conselho de Segurança do país até esta quarta-feira, dia em que, à semelhança do governo, foi demitido, numa tentativa de ir ao encontro dos desejos dos manifestantes e pôr fim aos protestos.

No entanto, os protestos continuam. E enquanto a ONU pede contenção, o regime cazaque toma medidas para manter o poder.

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