Apesar de correrem o risco de serem detidos, os russos continuam a prestar homenagem a Alexei Navalny, o principal opositor de Vladimir Putin que morreu na semana passada. Centenas de pessoas também deixaram flores em frente às embaixadas da Rússia em Berlim e Londres.
Os russos continuam a prestar homenagem ao líder da oposição Alexei Navalny, que morreu a semana passada na prisão onde estava detido desde dezembro, apesar de correrem o risco de serem detidos num país onde a mais pequena dissidência pode levar à intervenção policial.
Desde sexta-feira, cerca de 400 pessoas foram presas, 150 estão sujeitas a penas de prisão curtas.
O corpo de Navalny está supostamente na morgue de Salekhard, perto do complexo da prisão Lobo Polar no Ártico russo. A família e aliados acusam as autoridades russas de esconderem o corpo e acreditam que o presidente Vladimir Putin deve ser responsabilizado pela morte.
Segundo as autoridades russas, foi realizada uma autópsia, mas foi inconclusiva e um segundo exame médico-legal será necessário.
A morte de Navalny, reconhecido como o mais proeminente crítico do Kremlin na Rússia, desencadeou homenagens em todo o mundo. No Reino Unido, foram deixadas flores perto da embaixada russa em Londres.
Na Alemanha, várias centenas de pessoas protestaram contra o regime de Putin, em Berlim. Pouco antes da manifestação, a banda russa Pussy Riot lançou também um protesto próprio.
Membros do grupo entoaram slogans como "Putin, o assassino" em frente à embaixada.
Navalny estava preso desde janeiro de 2021, quando regressou a Moscovo após ter recuperado na Alemanha do envenenamento por um agente nervoso, cuja responsabilidade atribuiu ao Kremlin.