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Hamas avisa que avanços de Israel em Gaza põem em risco negociações de cessar-fogo

Hamas alerta que negociações de cessar-fogo podem ficar comprometidas após Israel avançar em Gaza
Hamas alerta que negociações de cessar-fogo podem ficar comprometidas após Israel avançar em Gaza Direitos de autor Victor R. Caivano/Copyright 2023 The AP All rights reserved
Direitos de autor Victor R. Caivano/Copyright 2023 The AP All rights reserved
De  Inês dos Santos CardosoAP
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Após o avanço das tropas israelitas na cidade de Gaza, o Hamas indicou que, caso as negociações de cessar-fogo não avancem, a responsabilidade será atribuída a Benjamin Netanyahu e às suas tropas.

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As forças israelitas voltaram a avançar na cidade de Gaza, na segunda-feira, o que pode afetar as conversações de cessar-fogo com o Hamas, que deveriam ter sido retomadas esta semana.

O Hamas alertou para o facto de os últimos ataques israelitas poderem levar ao colapso das negociações de longa data sobre o cessar-fogo e a libertação de reféns, destacando que Benjamin Netanyahu e o seu exército teriam “total responsabilidade” caso as negociações não avançassem.

O Hamas e Israel pareciam estar mais próximos de chegarem a um acordo de cessar-fogo, depois de o grupo islâmico ter abandonado a exigência fundamental de que Israel se comprometesse desde logo a pôr um fim completo à guerra.

As forças israelitas ordenaram a retirada dos palestinianos de Gaza antes de intensificarem a sua ofensiva contra os militantes do Hamas e da Jihad Islâmica, que alegam que se reagruparam na cidade.

No fim de semana, muitos palestinianos abandonaram Gaza, tendo relatado disparos de artilharia bem como ataques aéreos por parte das forças israelitas na zonas oriental e meridional da cidade. A maior parte da população da Faixa de Gaza já teve de se deslocar mais do que uma vez desde o início do conflito.

Palestinianos tiveram de abandonar o norte de Gaza no início do conflito

Israel ordenou a retirada dos palestinianos do norte de Gaza nas primeiras semanas do conflito e impediu a maioria das pessoas de regressarem às suas casas. Milhares de palestinianos continuam a viver em abrigos ou nos escombros das habitações.

"Fugimos na escuridão, no meio de fortes ataques", disse Sayeda Abdel-Baki, mãe de três filhos, que se tinha abrigado junto de familiares no bairro de Daraj, citada pela AP. "Esta é a minha quinta deslocação", acrescentou.

De acordo com as Nações Unidas, as últimas ordens de retirada da população de Gaza, por parte de Israel, afetaram mais de 60 escolas que acolhem palestianos deslocados, bem como dois hospitais parcialmente funcionais, seis postos médicos e dois centro de cuidados de saúde primários.

A guerra entre Israel e o Hamas começou a 7 de outubro de 2023, quando militantes palestinianos mataram cerca de 1.200 pessoas e raptaram perto de 250 no sul de Israel, que se encontravam num festival de música.

Desde então, pelo mens 38.000 pessoas morreram em Gaza, segundo o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas, que não faz distinção entre civis e combatentes na sua contagem.

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