Julgamento de Trump arranca em maio de 2024, a menos de cinco meses das presidenciais nos EUA

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ARQUIVO - Donald Trump Direitos de autor Charles Krupa/AP
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De  Euronews com agências
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A juíza justifica a data com a necessidade de garantir que ambas as partes vão ter tempo de analisar mais de um milhão de páginas do processo

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20 de maio de 2024. Acusação e defesa no julgamento de Donald Trump tem 10 meses para preparar um processo que vai arrancar já com as presidenciais norte-americanas no horizonte.

O antigo presidente dos Estados Unidos (EUA) vai responder em Tribunal por desrespeito do segredo de Estado, ao guardar fora das premissas oficiais milhares de documentos confidenciais. É a primeira vez que um ex-presidente norte-americano vai a julgamento.

Os procuradores queriam que o processo começasse em dezembro, mas a juíza declarou que quer garantir que ambas as partes tenham tempo para se preparar.

O dossier de investigação tem mais de um milhão de páginas. "Ninguém contesta que a defesa vai precisar de tempo suficiente para rever e avaliar o registo", escreveu a juíza Aileen Cannon, nomeada por Trump quando esteve na Casa Branca.

Alguns juristas avisam que não há garantias de que a data do julgamento seja cumprida, prevendo que haverá uma longa batalha processual antes do início do julgamento.

Favorito nas primárias do Partido Republicano

Se o julgamento se realizar como previsto, em maio de 2024, terá lugar em plena campanha das primárias republicanas para decidir o candidato que, tudo indica, enfrentará o democrata Joe Biden.

Donald Trump, 77 anos, é para já o favorito nestas primárias, de acordo com as sondagens. A convenção do Partido Republicano que decidirá o vencedor da nomeação está prevista para meados de julho em Milwaukee.

O julgamento não impedirá o antigo presidente de fazer campanha, mas o julgamento deverá durar semanas, se não meses.

Acusado, em meados de junho, de 37 crimes, incluindo "retenção ilegal de informações de segurança nacional", "obstrução à justiça" e "perjúrio", Donald Trump declarou-se inocente num tribunal federal de Miami.

O antigo presidente republicano falou de "perseguição" e insistiu que tinha o direito de guardar os documentos em causa.

Todos os presidentes dos EUA são obrigados por lei a entregar todos os seus e-mails, cartas e outros documentos de trabalho aos Arquivos Nacionais. Uma outra lei, sobre espionagem, proíbe a conservação de segredos de Estado em locais não autorizados e não seguros.

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