Na conferência de imprensa desta quarta-feira, Macron esquivou-se a fazer comentários sobre o que acontece se a extrema-direita ganhar as eleições legislativas antecipadas.
Só há uma opção, e essa opção é vencer": Foi o que o presidente francês Emmanuel Macron e a sua equipa repetiram durante e após a conferência de imprensa desta quarta-feira. Durante mais de duas horas, o presidente e o seu partido Renaissance esquivaram-se a perguntas sobre o que aconteceria no caso de a extrema-direita ganhar a maioria parlamentar nas próximas eleições antecipadas.
As eleições antecipadas foram marcadas depois do anúncio da dissolução do parlamento por parte de Macron, no seguimento da derrota estrondosa que o seu partido teve face à União Nacional (Rassemblement National - RN), agora liderada por Jordan Bardella, mas em que Marine Le Pen continua a ter uma grande influência. Macron apela a uma união dos partidos moderados, depois do líder do partido Os Republicanos (centro-direita) Éric Ciotti ter manifestado vontade de se juntar ao RN, contra muitas opiniões no seu próprio partido.
O presidente disse que não quer "dar a chave do poder à extrema-direita em 2027", altura das próximas eleições presidenciais. O chefe de Estado qualificou também como "absurdos" os rumores que têm circulado nos últimos dias, segundo os quais se demitirá se o seu partido perder no dia 7 de julho.