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Ex-chefe da diplomacia da UE Federica Mogherini detida em investigação antifraude

Federica Mogherini
Federica Mogherini Direitos de autor  Francisco Seco/Copyright 2019 The AP. All rights reserved.
Direitos de autor Francisco Seco/Copyright 2019 The AP. All rights reserved.
De Jorge Liboreiro & Mared Gwyn Jones
Publicado a Últimas notícias
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A ex-chefe da política externa da UE, Federica Mogherini, terá sido detida numa operação policial como parte de uma investigação antifraude esta terça-feira.

Federica Mogherini, ex-alta representante da União Europeia, foi detida durante uma operação policial no âmbito de uma investigação antifraude, segundo noticiaram os meios de comunicação belgas.

Mogherini estava entre os três suspeitos detidos na terça-feira de manhã, após as autoridades belgas terem revistado os escritórios do Serviço Europeu para a Ação Externa (SEAE), o Colégio da Europa na cidade de Bruges e uma série de residências particulares.

A sua identidade foi revelada pelos jornais L'Echo e Le Soir, citando fontes.

De acordo com o Le Soir, o segundo detido é Stefano Sannino, antigo secretário-geral do SEAE e atual diretor-geral da Direção-Geral da Comissão Europeia para o Médio Oriente, Norte de África e Golfo (DG MENA).

A terceira pessoa será um gestor do Colégio da Europa.

Um porta-voz do Colégio da Europa confirmou à Euronews que as rusgas ocorreram, mas recusou-se a dizer se Mogherini estava entre os detidos.

Mogherini foi Alta Representante para a Política Externa, liderando o SEAE, o braço diplomático do bloco, entre 2014 e 2019. Desde setembro de 2020, é reitora do Colégio da Europa, uma prestigiada universidade que recebe financiamento da UE.

SEAE confirma presença policial na sede em Bruxelas

A Procuradoria Europeia (EPPO) solicitou as buscas no âmbito de uma investigação sobre suspeitas de fraude relacionadas com um projeto de formação de jovens diplomatas financiado pela UE.

Numa declaração, a Procuradoria Europeia afirmou que a investigação se centra na Academia Diplomática da União Europeia, um projeto de formação de nove meses para jovens diplomatas, adjudicado ao Colégio da Europa, na Bélgica, entre 2021 e 2022, no âmbito de um concurso da UE.

As autoridades estão a investigar se o SEAE violou as suas regras de concurso ao partilhar informações com o Colégio antes da adjudicação do projeto.

"Podemos confirmar que a polícia esteve hoje no edifício do SEAE", disse um porta-voz da UE na terça-feira, especificando que a investigação em curso diz respeito a actividades que tiveram lugar "no mandato anterior".

A reitora do Colégio da Europa é atualmente Federica Mogherini, que esteve à frente do SEAE entre 2014 e 2019. Sucedeu-lhe Josep Borrell, que foi substituído pela atual chefe da política externa, Kaja Kallas, em dezembro de 2024.

Na sua declaração, a Procuradoria Europeia especificou que existem "fortes suspeitas" de que as regras da UE em matéria de "concorrência leal" foram violadas durante o processo de concurso e que "informações confidenciais relacionadas com o concurso em curso foram partilhadas com um dos candidatos que participaram no concurso".

Os factos "podem constituir fraude em matéria de contratos públicos, corrupção, conflito de interesses e violação do sigilo profissional", afirmou a Procuradoria Europeia na declaração. "A investigação está em curso para esclarecer os factos e avaliar se ocorreram quaisquer infracções penais".

Contactada pela Euronews, a polícia belga recusou fazer quaisquer comentários.

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