A manifestação, que tradicionalmente serve para lembrar as vítimas do massacre e chamar a atenção para os abusos de autoridade no México, também refletiu as crescentes preocupações com a violência nas escolas após o recente assassinato de um estudante numa escola associada à Universidade Nacional Autónoma.
Os estudantes exigiram medidas de segurança mais robustas nas universidades e escolas secundárias, depois de as aulas terem sido suspensas ou transferidas para online em mais de metade dos departamentos da universidade esta semana devido a ameaças. As autoridades revelaram que o suspeito do assassinato da semana passada tinha ligações à ideologia “incel”, um movimento online cujos membros frequentemente expressam ressentimento violento contra as mulheres.
Embora a maior parte da marcha de quinta-feira tenha permanecido pacífica, grupos de manifestantes mascarados vandalizaram lojas, atiraram cocktails Molotov e confrontaram a polícia em frente ao Palácio Nacional. As autoridades da Cidade do México estimaram que 10.000 pessoas participaram na marcha, com cerca de 350 a agirem de forma agressiva. Vários jornalistas foram atacados durante os distúrbios, alguns por manifestantes e outros pela polícia, segundo o Comité para a Proteção dos Jornalistas, que afirmou estar a documentar os incidentes.